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Tecnologia e inovação foram os pilares do Simpósio Nacional Cidades Inteligentes, realizado em Aracaju, na última sexta-feira (14). A programação foi marcada por um amplo debate sobre soluções tecnológicas aplicadas para melhorar a qualidade de vida e a eficiência dos serviços urbanos. A importância da engenharia para o futuro das cidades foi um dos principais temas em debate. Profissionais da área e especialistas renomados  enfatizaram o papel crucial da engenharia no desenvolvimento e na implementação de abordagens inovadoras para tornar as cidades mais eficientes, sustentáveis e adaptadas às necessidades do século XXI.

“ A engenharia se mostra fundamental para impulsionar a inovação, a infraestrutura, a mobilidade, a energia, a segurança e outras áreas-chave que moldam o futuro das cidades brasileiras. O Simpósio reforçou a relevância da engenharia, agronomia e geociências como agentes transformadores na construção de um ambiente urbano mais inteligente e melhor preparado para enfrentar os desafios do mundo contemporâneo”. É o que avalia o presidente do Crea-SE, engenheiro civil Jorge Roberto Silveira que ao lado do presidente do Crea-SP, Vinicius Marchese.

“Quando falamos de cidades inteligentes, precisamos nos aproximar das referências e buscar projetos em comum para resolução dos principais desafios enfrentados na administração pública”, afirma  Marchese. “Os profissionais que compõem o Sistema Confea/Crea estão imersos nesse ambiente disruptivo de inovação que trata os problemas como oportunidades. Então, por que não levar isso também para os municípios? É o que precisamos fazer: falar de desenvolvimento, sustentabilidade e gestão pública na área tecnológica e fora dela”, completa.

Realizado no auditório do Tribunal de Contas de Sergipe, o Simpósio contou com a participação de representantes de órgãos e  gestores públicos. O governador de Sergipe, Fábio Mitidieri, no evento, foi representado pelo diretor -presidente da Companhia Estadual de Habitação e Obras Públicas (CEHOP), engenheiro civil Jorge Henrique César Souza.

Em sua fala, Jorge Henrique frisou que cidades inteligentes são aquelas comprometidas com o desenvolvimento urbano e a transformação digital de forma sustentável, abrangendo aspectos econômicos, ambientais e socio-culturais. Ele enfatizou a importância de uma abordagem planejada, inclusiva e em rede, que promova a governança, o letramento digital e a gestão colaborativa. Além disso, destacou que a utilização da tecnologia deve ter como objetivo a resolução de problemas concretos, criação de oportunidades, redução da desigualdade e oferta de serviços de qualidade, tudo com o propósito de melhorar a qualidade de vida das pessoas.

O evento também teve a participação do do prefeito de Macambira, Carivaldo Souza. Também esteve presente o prefeito do município de São Cristóvão, Marcos Santana que iniciou sua fala parabenizando o Crea-SE e o Crea-SP por promoverem relevante debate. O gestor falou sobre a importância de democratizar e socializar o debate, e foi enfático ao destacar que os gestores devem compreender que não há sustentabilidade possível sem que a cidade seja inteligente.

O prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira também prestigiou e enriqueceu os debates . “Este é um tema muito importante para o poder público e para as cidades, que são elementos dinâmicos da sociedade hoje. A vida acontece na cidade e é preciso encontrar mecanismos para torná-la mais inteligente, para prestar um melhor serviço ao cidadão. Isso é extremamente necessário. A tecnologia não pode ser usada como um fetiche, mas para melhorar, de fato, a vida das pessoas. Não é usar a tecnologia pela tecnologia, mas fazer uso dela para melhorar a saúde, educação, o transporte, a iluminação pública. É preciso encontrar soluções dinâmicas e modernas para que as pessoas tenham mais tempo livre para o lazer, descanso e para trabalhar com mais tranquilidade”, afirmou o prefeito.

O Procurador Geral do Ministério Público de Contas, João Augusto dos Anjos Bandeira de Mello, que no evento representou o presidente do TCE, Flávio Conceição Oliveira, compartilhou sua visão, como engenheiro eletrônico, de como alcançar resultados com eficiência, colocando ênfase especial na importância do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Sergipe (Crea-SE) para iluminar e participar do planejamento de políticas públicas em benefício da população sergipana. O procurador ressaltou a relevância do tema das cidades inteligentes, descrevendo-as como um aspecto essencial para o futuro. No entanto, ele enfatizou que todos os instrumentos e abordagens devem estar alinhados com a concepção das políticas públicas, visando o desenvolvimento humano, a garantia da saúde, a educação e um meio ambiente voltado para o bem-estar da população.

No Simpósio, a vice-presidente do Crea-SE, Helenice Leite Garcia, destacou  a importância de compreender que uma cidade inteligente vai além da tecnologia e conectividade. Ela destacou que o gestor precisa estar preparado para utilizar essa tecnologia na elaboração de políticas públicas voltadas para o bem-estar da população. A vice-presidente frisou ainda que uma cidade inteligente requer uma boa gestão e um bom tratamento e conhecimento de dados. “O desenvolvimento das cidades inteligentes, por exemplo, deve estar centrado em indicadores presentes em eixos prioritários, que abrangem energia, segurança, meio ambiente, saúde e tecnologia, entre outros. Portanto, a busca pela inteligência nas cidades é um caminho promissor para a construção de um futuro melhor para todos”, disse a vice-presidente.

O conselheiro federal Sérgio Maurício parabenizou tanto o Crea SE e o Crea-SP pela iniciativa de promover o evento. Em sua fala, enfatizou a necessidade de debater e explorar soluções inovadoras que possam impulsionar o desenvolvimento urbano do país. Também destacou a importância de utilizar a tecnologia como aliada para enfrentar os desafios urbanos, melhorar a qualidade de vida da população e criar ambientes mais sustentáveis e eficientes.

Diversos assuntos foram abordados durante o Simpósio, destacando a aplicação da Tecnologia em BIM na Gestão das Cidades, a importância da Gestão Pública na construção de cidades inteligentes, perspectivas de mercado e consumo consciente, além de projetos inovadores de cidades inteligentes no Brasil. Os palestrantes, especialistas em diversas áreas relacionadas ao desenvolvimento urbano, trouxeram suas perspectivas e conhecimentos sobre os desafios e as oportunidades que as cidades inteligentes apresentam. As discussões enriqueceram o conteúdo do evento e ampliaram a compreensão sobre como a engenharia pode desempenhar um papel fundamental na construção de cidades mais conectadas e eficientes.

O diretor geral da Mútua-SE, engenheiro civil e de segurança do trabalho, Ronald Donald, ressaltou o papel fundamental desempenhado pela instituição como braço assistencial dos Creas durante sua participação no Simpósio. “Como parceira na realização do evento, a Mútua se sente honrada em colaborar para a concretização de um encontro tão relevante, que coloca em pauta o futuro das cidades brasileiras”, disse ele ao frisar  o compromisso da Mútua em apoiar iniciativas que buscam promover o desenvolvimento urbano sustentável, destacando a importância de debater os desafios e as soluções para o aprimoramento das cidades do país. Ao reconhecer a relevância do Simpósio, Ronald Donald reiterou o compromisso da Mútua em contribuir com o avanço e a transformação positiva das cidades brasileiras.

O presidente Jorge Roberto Silveira encerrou a programação com um agradecimento especial a todos os participantes, destacando ainda que o Simpósio Nacional Cidades Inteligentes foi um espaço fundamental para o intercâmbio de conhecimentos e experiências, permitindo uma reflexão sobre o futuro das cidades e a necessidade de buscar soluções inteligentes e sustentáveis para enfrentar os desafios urbanos.

Texto: Jornalista Iris Valéria- Assessora de Comunicação do Crea-SE

Fotos: Jorge Henrique