Hoje comemora-se o Dia Nacional da Mata Atlântica, um dos biomas mais ricos em biodiversidade e, ao mesmo tempo, um dos mais devastados do planeta. Sergipe, segundo Lizaldo Vieira dos Santos, coordenador geral do Movimento Popular Ecológico de Sergipe (Mopec), aumentou a área de preservação original, passando de 5% para 9%. No entanto há pouco o que festejar. Já foram devastados 91% do bioma em seu estado natural e 60% dos animais do pais dependem desse bioma para sobreviver.
Para lembrar a data, o Mopec entregará uma carta cobrando ações mais contundentes para reversão das degradações e proteção ao bioma. “Para nós, a data marca a necessidade de frear o desmatamento e recuperar o que foi degradado, além de ampliar o número de áreas protegidas e melhorar a gestão daquelas que já existem”, destaca o coordenador geral do Mopec.
Ainda de acordo com Lizaldo Santos, o documento será entregue nesta terça-feira, a partir das 14 horas, nas secretarias de Estado do Meio Ambiente e ministérios Público Federal e Estadual, entre outros órgãos ambientais. “Iremos primeiro na Secretaria do Estado, depois do Município, em seguida ministérios”, reforça. Ele lembra a importância do bioma, fundamental para o fornecimento de água dos centros urbanos, purificação do ar, saúde do solo e lazer, entre outros serviços ambientais.
Reserva da biosfera
A Mata Atlântica foi decretada como Reserva da Biosfera, pela Unesco e Patrimônio Nacional, na Constituição Federal de 1988. Segundo a SOS Mata Atlântica, das 633 espécies de animais em extinção no Brasil, 383 estão na Mata Atlântica. Originalmente, abriga uma área equivalente a 1.315.460 km² e se estendia por 17 estados brasileiros, todos das regiões Sul, Bahia, Alagoas, Sergipe, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Ceará e Piauí.
Hoje, 62% da população brasileira, conforme dados do Censo de 2010, vivem na Mata Atlântica. Atualmente restam apenas 8,5% de remanescentes florestais acima de 100 hectares. Somados todos os fragmentos de floresta nativa acima de três hectares, temos atualmente 12,5% de mata
Fonte: Jornal da Cidade
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