O Tribunal Regional Eleitoral de Sergipe retomou o trabalho de ouvir as testemunhas indicadas pela Procuradoria Regional Eleitoral (PRE/SE) nos processos de irregularidades no repasse e na aplicação de verbas de subvenção social da Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese), na tarde da última quinta-feira (16). Cinco testemunhas foram chamadas, mas uma não compareceu. Foram ouvidos nesta tarde Yolando Vieira de Melo Neto, Maria Izabel Marquires Nascimento, Josias Mota e Maria Gois de Mendonça. David Gonçalves Lima também foi convocado, mas não compareceu. Yolando Vieira de Melo Neto disse que trabalhou na reforma da instituição, explicou como o trabalho foi realizado, mas garantiu que não conhece o deputado Gustinho Ribeiro. A testemunha Maria Izabel esclareceu tudo que havia sido questionada e seu advogado detalhou o que os procedimentos adotados pela empresa de sua cliente.
A testemunha Maria Izabel esclareceu tudo que havia sido questionada e seu advogado detalhou o que os procedimentos adotados pela empresa de sua cliente. “Onde existe verdade não há dúvidas. A empresa dela realmente vendeu os remédios recebeu esses remédios e entregou esses remédios e emitiu notas ficais e foi isso que ela veio falar. O TRE está de parabéns de apurar. Apurar é importante e estamos aqui para esclarecer a verdade para os nossos clientes”, explica o advogado de Maria Izabel, Herilson Oliveira, sobre os medicamentos vendidos para a Associação de Itabaiana, Apame. O advogado de Josias Mota, terceira testemunha, disse que é simples e fácil de ser detectado. “O que compraram, ele cumpriu com a obrigação de entregar toda a mercadoria que foi entregue”, disse Pedro Alex.
A procuradora da República e diretora eleitoral substituta, Eunice Dantas, avaliou os depoimentos das testemunhas positivo e disse que vai pedir colaboração do Crea
para checar as informações sobre os depoimentos da primeira testemunha. A segunda e a terceira transcorreram seus depoimentos sem contradições e a última foi constatado a ligação com a deputada Maria Mendonça. “A primeira testemunha falou detalhes sobre a reforma da instituição e vamos pedir que o Crea avalie para a gente confirmar os dados”.
“A segunda e a terceira transcorreram seus depoimentos normalmente. Já com relação a última testemunha, que é presidente de uma das associações investigadas, foi constatado a relação de parentesco com a deputada Maria Mendonça”, disse. Esses depoimentos foram iniciados no dia 7 de abril e devem continuar até 14 de maio. Em dezembro do ano passado, a Procuradoria Regional Eleitoral ajuizou 25 ações contra 23 deputados da legislatura vigente à época e uma ex-deputada. O levantamento inicial identificou, segundo a Procuradoria, um desvio de cerca de R$ 12 milhões
Fonte: G1-SE