O painel “Políticas Públicas” lotou a sala multiuso do Centro de Convenções Atlantic City na tarde dessa quarta-feira (13/8), na programação do Congresso Técnico Científico da Engenharia e da Agronomia (Contecc), durante a 71ª Semana Oficial da Engenharia e da Agronomia (Soea), em Teresina (PI). O engenheiro mecânico e de segurança do trabalho Francisco Machado da Silva, presidente do Fórum Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (FDES), apresentou as conclusões do Grupo de Trabalho (GT) de Políticas Públicas do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), do qual faz parte como representante do Colégio de Entidades Nacionais (Cden).
Criado em fevereiro deste ano e finalizado em julho, o GT concluiu quatro propostas direcionadas ao Confea e mais 22 propostas que serão encaminhadas aos presidenciáveis, aos partidos políticos e aos poderes constituintes, com cinco eixos prioritários: infraestrutura (energia, transporte, telecomunicações e saneamento), meio ambiente e desenvolvimento urbano (habitação e mobilidade), recursos minerais, recursos hídricos, política agrícola e segurança alimentar. “A principal contribuição do GT é resgatar o princípio do planejamento e da participação da sociedade no processo de elaborar e propor o projeto de nação, que é missão da sociedade e está acima de governos e partidos políticos, notadamente no âmbito de políticas públicas e de reformas estruturais do estado”, explicou Francisco Machado.
Integrante do GT de Políticas Públicas presente na plateia, a presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia da Paraíba (Crea-PB), engenheira agrônoma Giucélia Araújo, ressaltou a importância do desenvolvimento deste trabalho para a sustentabilidade do País. “Formular, a partir do acúmulo de experiências do Sistema Confea/Crea, sugestões de diretrizes para a construção de políticas públicas. Experiências como o Pensar Brasil e Agenda 21 dialogaram com todos os segmentos organizados no Sistema e apresentaram propostas de extrema relevância em áreas estratégicas que, se implementadas pelos governos, em muito contribuirão para o desenvolvimento sustentável do Brasil”, destacou.
O engenheiro de transportes Cyro Regis Castelo Vieira, assessor da Secretaria de Infraestrutura do Ceará, substituindo o secretário Francisco Adail Fontenele, apresentou para os participantes do Contecc as políticas públicas desenvolvidas em seu Estado, que objetivam incrementar o desenvolvimento cearense, e servem como exemplo de investimentos de interesse para a engenharia nacional.
Transporte de cargas, energia e siderurgia foram os pilares do programa cearense de desenvolvimento. O Complexo Industrial Portuário do Pecém (CIPP), localizado nos municípios de São Gonçalo do Amarante (CE) e Caucaia (CE), recebe investimentos constantes. Em 2011, o projeto de expansão implantou um sistema de correia transportadora e um terminal de múltiplas utilidades. Atualmente, a Companhia Siderúrgica de Pecém (CSP) marca a segunda expansão do porto, que terá três berços de atracação construídos e um sistema de correia transportadora para minérios. Há previsão de uma terceira fase em 2015 para adaptar a estrutura do porto à operação da refinaria de petróleo. Já os investimentos em rodovias, entre 2007 e 2014, representaram um crescimento de malha rodoviária em 20%. Além disso, o Ceará tem investido na geração de fontes de energias limpas, eólica, solar e termelétrica.
“Significa muito apresentar nosso trabalho na Soea, porque a classe de engenheiros é uma classe imensa nesse País e responsável diretamente pela execução das obras de infraestrutura, sem os quais isso não seria possível”, afirmou Cyro Vieira.
Teve destaque ao final a participação dos estudantes, interessados em saber como participar da renovação do Sistema e quais os meios possíveis de atuação social a partir da engenharia pública. Sávio Izidório, estudante de engenharia civil da Universidade Federal do Piauí, disse: “espero que minha função não seja só uma função técnica e científica, mas tenha também uma função social. Tiro estas palestras com um incentivo para que, não só eu como também meus colegas possamos fazer uma reforma no Sistema Confea/Crea no futuro e quem sabe também no próprio sistema da sociedade brasileira, já que os engenheiros são parte responsável pelas reformas socioeconômicas da nossa sociedade”.
Fonte: Confea
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