Um censo inédito sobre o perfil sociodemográfico dos profissionais da engenharia, agronomia e geociências (geografia, geologia e meteorologia), apontando uma visão ampla sobre as diferentes ocupações, vínculos de trabalho e remuneração, pirâmide etária, e outros dados, foi divulgada, neste 9 de agosto, pela Mútua – Caixa de Assistência dos Profissionais do Crea, durante a programação da 78ª Semana Oficial da Engenharia e Agronomia (SOEA).
Em forma de uma publicação, intitulada “O Futuro das Engenharias no Brasil”, o levantamento faz um verdadeiro raio X do engenheiro brasileiro, e destaca importantes conclusões sobre a relação desses profissionais, que somam mais de 1,1 milhão de homens e mulheres ocupantes dessas atividades, com o desenvolvimento sustentável e o crescimento do PIB de uma nação.
A estes dados, soma-se um conjunto riquíssimo de informações sobre novas exigências do mercado, desafios globais, ocupações emergentes, habilidades necessárias para os profissionais, além de tendências da economia, da tecnologia e da sociedade. “Assim, foi possível identificar oportunidades de atuação, além de ações e parcerias necessárias para que criemos, no Brasil, condições mais favoráveis para que o setor produtivo amplie a contratação dos serviços e produtos dos quase um milhão e cem mil profissionais registrados, e para que a sociedade os reconheça como agentes fundamentais para seu bem-estar”, sublinha o engenheiro agrônomo Francisco Almeida, presidente da Mútua, que conduziu um painel sobre a temática.
O debate sobre o cenário mercadológico e profissional das engenharias no país teve como convidados o economista, presidente do SEBRAE – SP e vice-presidente da Federação da Agricultura do Estado de São Paulo (FAESP), Tirso de Salles Meirelles; e o Administrador e Mestre em PPG-DTI Design, Tecnologia, Inovação e Empreendedorismo e reitor do Instituto ANAMMA – Associação Nacional de Municípios e Meio Ambiente, Marcelo Marcondes.
Tirso trouxe sua experiência à frente do SEBRAE-SP para mostrar que os profissionais das engenharias têm habilidades ímpares no processo de criar novos negócios. “O engenheiro empreendedor enxerga oportunidades onde outros veem obstáculos e busca soluções inovadoras para atender à sociedade”, ressaltou. Ainda destacou a importância da rede de relacionamentos, da participação em projetos e iniciativas da área e da constante capacitação.