Educação é a chave do problema. O ex-presidente da Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A. (Embraer) Ozires Silva, aos 83 anos de idade, deu uma lição de vida durante palestra realizada nessa quinta-feira (14/8), na 71ª Semana Oficial da Engenharia e da Agronomia (Soea), que está sendo realizada em Teresina (PI). Engenheiro coronel da Aeronáutica, ele contou como a insistência em um sonho garantiu ao País uma das melhores indústrias de aviação de porte médio do mundo.
Ozires Silva lembrou que em 1945 ele e o amigo Benedito César, o Zico, morto no início dos anos 60, em acidente aéreo, perceberam que as aeronaves brasileiras eram importadas. Entraram para a Força Aérea Brasileira em 1962 já pensando na fabricação de um avião brasileiro. Era o “nicho de mercado” que estava aberto para novas empresas e oportunidades. Passaram a trabalhar na construção de uma aeronave que ficou pronta em outubro de 1968.
Com insistência, conseguiu, em 1969, convencer o governo a criar a Embraer, como sociedade de economia mista. Daí, para o sucesso, a partir do avião Bandeirante (EMB 110), primeiro a conseguir certificação nos EUA. Depois vieram outras aeronaves que hoje operam em mais de 90 países.
Para Ozires Silva, a educação está na base de tudo, citando países que apostaram na educação como diferencial para o desenvolvimento, como a Coréia do Sul e Japão. Segundo ele, o Brasil ainda é um exportador de “commodities” e matérias-primas e mantém custos de produção altos. O desenvolvimento está justamente naqueles países que produzem alta tecnologia e investem maciçamente em educação. A palestra teve a mediação do presidente do Crea-PI, engenheiro civil Paulo Roberto Ferreira Oliveira.
Fonte: Confea
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