No Brasil, uma equação complexa envolve as engenharias – campo considerado decisivo para o desenvolvimento. Sobe anualmente o número de diplomados, mas continua faltando engenheiros. “Crescimento quantitativo não acompanhou o qualitativo”, analisa o professor Vanderli Fava de Oliveira, coordenador e pesquisador do Observatório da Educação em Engenharia da UFJF (Universidade de Juiz de Fora). “Para atendermos as nossas necessidades, 150 mil teriam que se formar por ano, não chegamos a metade disso ainda”, ressalta Oliveira.
Dados do Inep (Instituto Nacionais de Estudos e Pesquisas) referentes a 2013 indicam 59.913 formados. No ano anterior, ficaram na casa dos 53 mil. “O número é satisfatório, mas o mercado precisa de profissionais mais qualificados”, analisa o professor da UFJF.
Evasão
Outro aspecto chama a atenção na formação de engenharia: a alta taxa de evasão. Estima-se que seja algo em torno de 50%. Desse total, mais de 80% ocorre no primeiro ano. “Falta de base matemática aos ingressantes para cursar as disciplinas dos primeiros períodos”, destaca Oliveira.
O cenário é alarmante, sobretudo pela crescimento da demanda por engenheiros, acrescenta o pesquisador. “Há uma necessidade crescente de mão de obra para melhorar a competitividade dos produtos nacionais.
Tecnologia
Para alçar desenvolvimento tecnológico, o país também vai precisar de mais e bons engenheiros. A economia brasileira é baseada na exportação de commodities, mas para agregar valor a esses produtos vai precisar de aprimoramento tecnológico e profissional. “São responsáveis por avanços em áreas como infra-estrutura, logística, qualidade de produtos, processos de produção, entre outros”, finaliza o professor da UFJF.
Fonte: Carlos Minuano – Metro