A situação da Engenharia dentro do atual cenário político-econômico do País; a aprovação da Resolução que prevê o cancelamento de registro de profissionais da Engenharia condenados por má conduta, envolvimento em escândalos ou crimes infamantes são alguns dos assuntos em pauta na reunião de Colégio de Presidentes do Sistema Confea/ Crea/ Mútua que será aberta nesta quarta-feira (31/5) em Aracaju. A reunião que prossegue até sexta-feira (2/6) no Hotel Mercure, na Orla da Atalaia, contará com a presença dos 27 presidentes dos Conselhos Regionais de Engenharia e Agronomia do País; além da presidência do Confea e da Mútua.
“Havia um grande apelo da sociedade, em face do envolvimento de profissionais da Engenharia com diversos escândalos como a Lava-Jato, para que tomássemos uma atitude para punir os profissionais que tivessem má conduta ou estivessem envolvidos em escândalos ou crimes infamantes. A sociedade agora tem esta garantia do Sistema Confea/Crea em defesa da ética profissional para que os maus profissionais tenham seus registros cancelados nesses casos, após, é claro, o amplo direito de defesa, uma vez que não somos um tribunal de exceção”, afirma o presidente do Confea, José Tadeu da Silva, após a aprovação da Resolução.
Outro assunto que estará em pauta é o retorno da obrigatoriedade da adoção do Livro de Ordem pelos CREAs no controle das obras e serviços de engenharia. Trata-se de um compilado de formulários que deve ser entregue ao profissional todas as vezes que este registrar uma ART, ou seja, para cada ART registrada o profissional deverá levar um Livro que deve ser preenchido ao longo da prestação do serviço. Entre os formulários contidos no livro está o Termo de Abertura, com indicação do empreendimento, proprietário, autores do projeto, responsáveis técnicos; o registro dos fatos com as determinações e providências a serem feitas e fatores relevantes, como acidentes ou interrupções, entre outros itens.
O presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Sergipe (Crea-SE), engenheiro agrônomo Aríco Resende ressalta que a reunião tem por objetivo uniformizar os procedimentos, a fim de trabalhar como um sistema único, e não de forma isolada. “É um espaço importante para discussão, avaliação e tomada de decisões políticas e institucionais, cuja relevância abrange, pontualmente, todos os Crea. Dessa forma, todos nós, presidentes, podemos conhecer a realidade de outras regiões. Temos assuntos importantes que precisam ser dialogados com todos. É nossa função, como profissionais das áreas da Engenharia e da Agronomia, buscar as soluções mais adequadas para os problemas que surgem – tanto os da sociedade, quanto aqueles pertinentes ao País e à nossa categoria profissional”, frisou Arício Resende.