Ao lembrar que mobilidade profissional entre países é um tema recorrente em congressos e reuniões plenárias, o presidente do Confea, José Tadeu da Silva, deu início ao painel sobre inserção internacional das profissões. “Nosso relacionamento com a engenharia internacional não é algo novo. Já acontece pelo menos há duas décadas, a partir da criação da Ciam – Comissão de Agrimensura, Agronomia, Geologia e Engenharia para o Mercosul”.
Em seguida, o bastonário da Ordem de Engenheiros de Portugal (OEP), Carlos Aires, afirmou que a Engenharia é uma profissão muito reconhecida em seu país. Segundo ele, há 30 anos Portugal era um país miserável, sem saneamento e com estradas ruins. “Tínhamos praias bonitas, porém não podíamos ir porque o esgoto estava lá. Hoje sabemos que Portugal é completamente diferente e moderno”. Aires completou que, atualmente, o país está coberto com energia e saneamento, tendo sido, inclusive, apontado como exemplo a ser seguido na Europa. “Os engenheiros tiveram um papel grande nisso. Ajudamos a construir o país”, disse.
O tesoureiro da União Pan-Americana de Engenheiros (Upadi), Edemar Amorim, ressaltou o papel do Confea nas ações de inserção internacional, com a criação de um grupo de trabalho que depois deu origem à Comissão Temática Inserção Internacional. “O processo de reconhecimento de diploma estrangeiro demora anos. Isso dificulta os interesses do país. Poderíamos receber técnicos da maior qualificação, mas a legislação impede. A Comissão foi criada para buscar facilitar essa mobilidade. O primeiro país que nos procurou para debater foi a Austrália”, comentou.
O painel sobre inserção internacional foi promovido na programação do VI Encontro de Líderes Representantes do Sistema Confea/Crea e Mútua, que acontece até esta quinta-feira (23/2), no Centro Internacional de Convenções do Brasil, em Brasília.
Equipe de Comunicação do Confea