O segundo dia de programação do Colégio de Presidentes, em Aracaju, começou com a indicação e aprovação do nome do presidente do Crea-SE, engenheiro civil Jorge Roberto Silveira para compor a Comissão Organizadora da reunião intermediária da Confederação Panamericana de Engenharia Mecânica, Elétrica, Industrial e Ramos Afins (Compimera). O evento que será realizado no período de 16 a 18 de novembro deste ano, em Brasília, contará com a presença de engenheiros e especialistas de vários países com o objetivo de debater o que há de mais atual e relevante para a Engenharia, e sua contribuição para a diversificação da economia.

Fundada em 1991, a Confederação Panamericana é composta por 25 países. Para o presidente Jorge Silveira, a aproximação do Sistema Confea/Crea com os países membros da Copimera e a participação nas reuniões e discussões é de grande importância. “É um espaço aberto para conhecimento e troca de experiências e uma oportunidade em trazer para o Brasil o know how tecnológico de outros países, além do intercâmbio e atualização de conhecimentos correlatos às áreas da Engenharia Mecânica, Elétrica e Industrial”, avalia Jorge Silveira.

A programação do dia seguiu com a aprovação da proposta de criação de um Grupo de Trabalho para discutir a participação do Sistema na aplicação da Lei de Serviços de Assistência Técnica em Habitações de Interesse Social (Lei n. 11.888/2008). A proposta foi relatada pela presidente do Crea-AL, eng. civ. Rosa Tenório, em nome do Fórum Nordeste. Com a aprovação da proposta, foram aclamadas as presidentes engenheiras civis Ana Adalgisa (Crea-RN), Carmem Nardino (Crea-AC) e Fátima Có (Crea-DF) para integrar o GT.

Cooperativismo

A reunião contou com a participação da presidente da Cooperativa de Trabalho de Profissionais de Engenharia e Agronomia (Engecoop-MG), engenheira civil Júnia Neves que trouxe para debate a possibilidade de adesão dos profissionais e dos Creas ao sistema de cooperativas, tema discutido com o Confea no início do ano.

“Onde houver a necessidade, é possível a cooperativa entrar. Nossa visão é ser reconhecido no Brasil até 2025, apresentando a diminuição de riscos ao participar de licitações, por exemplo. A cooperativa abre potenciais de mercado. O profissional pode trabalhar na cooperativa, sem vínculo empregatício. A gente faz a estrutura para colocar os cooperados mais próximos, para que ele possa prestar serviços fora do seu território”, explicou.

Cooperativismo financeiro

Já o  presidente do Conselho de Administração da Sicoob/Engecred, engenheiro civil Argemiro Mendonça, ex-conselheiro federal, abordou sobre  o cooperativismo financeiro ou de crédito. “A intenção é mostrar a pujança do cooperativismo financeiro no Brasil e no mundo. A gente quer mostrar que o fator que efetivamente pode ter impedido uma relação direta com o Sistema foi vencido com a Lei Complementar 196, no mês de agosto”, disse, informando que o tema será abordado durante a 77ª Semana Oficial da Engenharia e da Agronomia (Soea).

“Entranhar o cooperativismo no nosso segmento é um desafio. Ainda não conseguimos engatilhar. É um desafio que a gente possa ampliar a nossa linha de atuação. O cooperativismo possibilita uma espécie de ‘cashback’ há anos. A Lei Complementar aumentou a possibilidade de negócios de cooperativas, ampliando a possibilidade de negócios e cobrando das instituições maior solidez, exigindo uma estrutura de governança mais profissionalizada e nos cobrando, o Banco Central quer que entreguemos efetividade”, diz.

 Mútua

 O segundo dia de reunião também foi marcado pela explanação do presidente da Mútua, engenheiro agrônomo Francisco Almeida. Ele destacou a taxa de juros baixa e enfatizou que a Mútua encaminhou um documento para que a Comissão de Controle e Sustentabilidade do Sistema (CCSS) se manifeste sobre a movimentação financeira junto às cooperativas. “Poderemos fazer bons investimentos e termos retorno para os nossos cooperados”, disse o presidente do Crea-GO, também cooperado, eng. civ. Lamartine Moreira, agradecendo o apoio da Sicoob/Engecred pelo patrocínio à Semana Oficial da Engenharia e da Agronomia, a ser realizada em Goiânia, de 4 a 6 de outubro.