A FPI tomou conhecimento de incêndio nas terras dos índios Xokós, no município de Porto da Folha, na quinta-feira, 24 de novembro. No mesmo dia, soube também que o fogo havia sido debelado com apoio dos próprios membros da comunidade. Dessa forma, na manhã desta sexta-feira, uma equipe, acompanhada da procuradora da República Lívia Tinôco, atravessou a caatinga do sertão sergipano para verificar o que houve no local.
O Ibama e o Corpo de Bombeiros identificaram diversos focos de incêndio sem comunicação entre si, com indício de causa dolosa, ou seja, o fogo foi provocado. “Quando é uma causa natural, o fogo nasce em um ponto e se estende ao longo da área. Nesse caso, encontramos vários focos, como se alguém, propositalmente, estivesse com a intenção de propagar o fogo”, explica o analista ambiental do Ibama, Alberto Santana. Durante a tarde, um novo foco de incêndio foi encontrado e ainda está sendo combatido. Os Bombeiros interromperam agora à noite o combate, mas o fogo ainda se propaga. Amanhã de manhã equipes voltaram ao local para, juntamente com os índios, tentarem por fim ao incêndio.
No sábado, 26 de novembro, a equipe do Ibama também vai retornar ao local para acompanhar a evolução do evento e após 48h realizar a perícia definitiva no local. Os órgãos integrantes da FPI vão adotar medidas investigativas para tentar chegar aos autores do incêndio.
Na oportunidade, o cacique Bá explicou para a procuradora Lívia Tinôco a necessidade da comunidade ser treinada para combater incêndios de forma mais eficiente. Hoje a terra indígena não tem equipe de brigada. Também disse que é preciso que a Funai providencie cercas e placas de identificação da terra indígena para que a delimitação das terras Xokós fique mais evidente.
Fonte: assessoria FPI