O presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Sergipe (Crea-SE), engenheiro agrônomo, Arício Resende Silva, participou nesta sexta-feira da 3ª Reunião Ordinária do Fórum de Presidentes de Creas da Região Nordeste, realizada em São Luís (MA). O encontro foi pautado por diversos temas, com foco na busca de soluções para os problemas que afetam a Engenharia, causados, principalmente, pelo atual contexto econômico e político do País.
“Elaboramos aqui propostas que serão apresentadas e avaliadas no Colégio de Presidentes no início de agosto em Belo Horizonte e que, depois, serão encaminhadas ao Confea. Diante do cenário ainda preocupante, são necessárias medidas apropriadas para combater ou, ao menos, reduzir os impactos que ainda atingem duramente a Engenharia”. É o que afirma o presidente do Crea-SE ao ressaltar a importância da reunião para o alinhamento de ações que visam a melhoria do Sistema Confea/Crea no âmbito de políticas institucionais, administrativas e operacionais.
A reunião também foi marcada por novidades tecnológicas. O Crea-MA apresentou a nova versão do aplicativo fiscalização. Com a ferramenta, desenvolvida pelo Crea do Acre, o profissional tem acesso ao sistema, protocolos, consultas de profissionais/empresa e principais leis regentes do Sistema CONFEA/CREA, ouvidoria e convênio. O aplicativo permite ainda, por meio de georreferenciamento, a localização e também o envio de fotos das obras denunciadas. “A ferramenta facilita aos profissionais e à população que, através do celular, acessam os serviços prestados pelo conselho maranhense”, reforça o presidente do Crea-MA, Berilo Macedo.
A realização de perícias e avaliações imobiliárias por corretores de imóveis também foi assunto em pauta. O presidente do Crea Piauí, Ulisses Filho, explicou que, no caso da avaliação, anteriormente quem fazia era o engenheiro, mas com o crescimento do mercado, houve o interesse dos corretores e eles conseguiram a aprovação de uma Lei no Congresso que permite a esses profissionais realizarem a avaliação mercadológica. “Esta avaliação difere da nossa porque não tem base cientifica. O engenheiro analisa uma série de elementos que influenciam no preço do imóvel, como por exemplo, se tem avenida, e o impacto desta avenida no preço do imóvel. Ele explica o valor do imóvel. É preciso que o conselho federal atue mais seriamente neste segmento e interfira nesta questão, avaliando melhor esta situação”, afirmou o presidente.
“No tocante à perícia, só pode ser feita por um profissional habilitado. Antes era competência de o juiz nomear qualquer pessoa, mas atualmente, com o novo Código Civil, as varas judiciais têm que fazer um cadastro dos profissionais capacitados para realizar a perícia. Um dos critérios é que o profissional tenha especialização na área, ou experiência comprovada. Por conta disso, o Creci começou a ofertar cursos de especialização, e de pós- graduação para seus filiados. São questões que precisam ser repensadas para não perdermos espaço para estes profissionais”, disse ele.
O Crea-BA, através do presidente Luis Edmundo Prado de Campos e do seu assessor Eduardo Rode, apresentou a proposta a respeito da possibilidade do número de responsabilidades técnicas por excepcionalidade para empresas dos parques eólicos. O assunto foi visto como de muita importância pelos presidentes presentes, diante da força deste mercado de trabalho na região Nordeste. O presidente do Crea-CE, Emanuel Maia, apontou também que essa é uma realidade enfrentada em outros mercados, como no de provedores de internet. Após o debate, foi definido que o assunto será levado para o Colégio de Presidentes para que o Confea estude esses novos formatos e a possibilidades que eles podem trazer.
C/informações da assessoria do Crea-MA