Os engenheiros químicos têm um papel vital nas indústrias, onde são responsáveis por desenvolver produtos e processos químicos em escala industrial. Eles trabalham em diversas áreas, desde a concepção até a operação de instalações industriais. Os produtos que resultam do trabalho desses profissionais são bastante variados, incluindo plásticos, combustíveis, materiais de construção, produtos agrícolas, produtos de limpeza, medicamentos, refrigerantes, fibras, entre outros.
Além de desenvolver novos produtos, os engenheiros químicos também aprimoram métodos de fabricação, supervisionam a construção e operação de instalações, realizam pesquisas para melhorar processos e reduzir custos, e garantem a qualidade e a segurança dos produtos. Para entender a diferença entre o químico e o engenheiro químico, o coordenador nacional das Câmaras Especializadas da Modalidade Química, Rodrigo Moure, usa como exemplo uma fábrica de tintas.
“Para desenvolver uma tinta nova, o dono chama o químico, que trabalha no laboratório, faz análises qualitativas, ensaios e desenvolve a formulação da tinta. Depois, chama o engenheiro para fabricar essa formulação em escala industrial. Ele vai trabalhar com a transformação da matéria, reatores, transformação da energia, massa, calor”. Moure conta, no entanto, que, embora a divisão seja muito clara, o Conselho Regional de Química extrapola e tenta trazer os engenheiros químicos para se registrarem no CRQ.
Ao lado da produção em escala industrial, o coordenador-adjunto da Coordenadoria de Câmaras Especializadas da Modalidade Química (CCEEQ), Erick Galante, destaca o papel fundamental da Engenharia Química na transformação de matérias-primas naturais em produtos utilizados por outras áreas da engenharia em diversas situações cotidianas. “Por exemplo, a indústria química converte o petróleo em combustível, processa metais naturais para produzir materiais como o cobre e o ferro utilizados na siderurgia, além de desempenhar um papel importante na fabricação de fertilizantes, calcário e cimento. Em essência, a indústria química é a base da cadeia de transformação, fornecendo as matérias-primas essenciais para diversos setores industriais, para todas as engenharias.”, detalha.
Cerca de 21,5 mil engenheiros químicos são cadastrados no Sistema Confea/Crea, desenvolvendo trabalho por todo o Brasil, e até seguindo carreira internacional. Ao se inscrever no Sistema Confea/Crea, o profissional amplia suas oportunidades de mobilidade profissional, podendo usufruir do termo de reciprocidade existente com a Ordem dos Engenheiros de Portugal (OEP). Vale ressaltar que iniciativas semelhantes estão em expansão com outros países de língua portuguesa, como Cabo Verde, Angola e Moçambique. Inscreva-se no Sistema Confea/Crea e faça parte dessa rede global de engenheiros comprometidos com a excelência profissional e ética.