Com o objetivo de fortalecer a parceria na realização de novos projetos e atividades, representantes da Associação de Engenheiros de Pesca de Sergipe (AEP/SE) se reuniram nesta quinta-feira (28/10) com o presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Sergipe (Crea-SE), engenheiro agrônomo Arício Resende. Na reunião foi feita uma breve explanação sobre o atual cenário do mercado de trabalho desses profissionais; os desafios e as ações estratégicas em defesa categoria.
Um dos principais assuntos em pauta foi à realização do curso voltado para a elaboração de projetos para captação de recursos financeiros para a pesca e aquicultura. “Estamos pedindo o apoio do Crea para a realização desse curso, considerado fundamental para que tenhamos informações técnicas acerca das etapas de produção de projetos, com o objetivo de garantir o atendimento às exigências para aprovação, possibilitando, assim, o acesso a linhas de crédito para investir nos projetos da área”, explica o presidente da AEP, José Milton Carriço.
A Associação também pediu o apoio do Crea-SE para a Semana de Engenharia de Pesca . A proposta é que o evento seja realizado no período de 12 a 16 de dezembro deste ano. “A Semana marcará o Dia Nacional do Engenheiro de Pesca que se comemora em 14 de dezembro. A data escolhida lembra a colação de grau da primeira turma de engenheiros de pesca no Brasil, em 1974, em Pernambuco”, enfatiza Ricardo Azevedo Evangelista, membro da Associação.
A reunião contou, ainda, com a participação da professora Ana Rosa da Rocha do Departamento de Engenharia de Pesca e Aquicultura da Universidade Federal de Sergipe (UFS) e integrante da Associação de Engenheiros de Pesca. Ela destacou a necessidade de políticas públicas para o aumento da produção de pescado no Estado. “É preciso políticas públicas para o setor. Sergipe tem potencialidade na pesca e aquicultura, mas por falta de investimentos na área não avançou. Sabemos que a demanda por produtos pesqueiros tende a crescer e, por isso, é necessário que o Estado invista cada vez mais nessa área como vem ocorrendo em outros Estados do Brasil”, ressalta. Falou também da importância do apoio do Crea-SE no fomento e fortalecimento da Engenharia de Pesca no Estado.
O presidente do Crea-SE, engenheiro agrônomo Arício Resende colocou o Conselho à disposição dos engenheiros de pesca no apoio a ações e projetos voltados o fortalecimento e valorização dos profissionais da área. O Presidente também ampliou a pauta da reunião ao pontuar a importância do engenheiro de pesca em toda a cadeia de produção de alimentos em meio aquífero e a necessidade de um melhor reconhecimento da atuação desse profissional no mercado.
“Apesar de o Brasil deter 13% da água doce do planeta, um litoral de 8.400 quilômetros de extensão e cerca de 200 grandes reservatórios propícios ao desenvolvimento da piscicultura, conforme estudos do extinto Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA). Ou seja, mesmo o País tendo um potencial enorme para que a produção de pescado, com mais de 20 milhões de toneladas/ano segundo dados das Organizações das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), o mercado de trabalho desses profissionais ainda é pouco explorado”, enfatiza o presidente do Conselho.
No fim da reunião, o engenheiro de pesca, Salustiano Menezes- integrante da AEP/SE- agradeceu a reciprocidade e apoio do Conselho. “O apoio do Conselho é de fundamental importância para o planejamento estratégico da Associação em defesa da valorização dos profissionais de engenharia de pesca”, disse ele.
O que faz um Engenheiro de Pesca
O Engenheiro de Pesca é responsável por analisar, planejar e desenvolver as atividades relacionadas ao cultivo captura e comercialização de peixes e demais animais aquáticos. Realizam várias atividades como, por exemplo, o desenvolvimento de técnicas de criação de animais aquáticos em cativeiro, como peixes, moluscos, algas, crustáceos, dentre outros. O engenheiro de pesca também é responsável por desenvolver tecnologias que possibilitem a captura, beneficiamento, conservação e industrialização do pescado, garantindo modernização da atividade pesqueira e redução de desperdícios. Os profissionais atuam em toda a extensão pesqueira visando ao desenvolvimento econômico e social de uma determinada região.