Realizado em momento considerado “ímpar” para o Sistema Confea/Crea e Mútua, o 3º Encontro de Líderes Representantes reúne em Brasília (DF) – no Royal Tulip – mais de 650 lideranças vindas de todo o País. Promovido anualmente, o evento é considerado um dos compromissos mais importantes do Sistema e tem a proposta de promover reuniões dos fóruns consultivos – Colégio de Presidentes (CP), Colégio de Entidades Nacionais (Cden) e Coordenadorias de Câmaras Especializadas dos Creas –, com a eleição dos seus coordenadores nacionais.
Ao se dirigir aos participantes da solenidade de abertura dos trabalhos, na manhã da segunda-feira (24/2), o presidente do Confea, engenheiro civil José Tadeu da Silva, falou sobre os rumos e as perspectivas do Sistema. Destacando que o Encontro de Líderes Representantes “é a ação institucional que norteia as ações ao longo do ano”, José Tadeu alertou que, “em 2014, ano bastante difícil – temos aí o Carnaval, seguido da Semana Santa, Copa do Mundo, Eleições no País e no próprio Sistema –, a formulação dos desafios tem de ser criteriosa. Mas temos de idealizar rumos e formular perspectivas”.
Confessando-se preocupado com a renovação de lideranças e com a relação do Sistema com os cerca de 42 mil estudantes que, todos os anos, obtêm seus registros profissionais nos Conselhos Regionais de Engenharia e Agronomia, o presidente do Confea afirmou que “é preciso refletir sobre qual a melhor proposta a ser formulada para que esses jovens conheçam e participem do Sistema”.
Perspectivas – “Precisamos atrair os jovens para renovar o Sistema. Esse deve ser um dos temas a ser tratado durante estes três dias em que vamos nos debruçar sobre nossas responsabilidades. A engenharia é responsável pela memória, presente e futuro do país”, aconselhou defendendo uma formação mais humanista aos cursos de matérias exatas.
Para José Tadeu, 2014 começa com “excelentes perspectivas” em relação ao reconhecimento das atividades de engenheira e agronomia como carreiras típicas de estado, proposta pelo Projeto de Lei 13, de 2013, que tramita na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, do Senado. Ele historiou os encontros mantidos com os senadores, Gleise Hoffmann (PT-PR) e Romero Jucá (PMDB-RR) para “ver esse desejo concretizado”. O presidente lembrou que a defesa do PL foi destacada na Agenda Parlamentar priorizada no encontro das lideranças classistas em Águas de Lindóia (SP).
Sobre a criação da Frente Parlamentar da Engenharia, Agronomia e Arquitetura – formada em agosto do ano passado e que reúne senadores e deputados federais – José Tadeu acredita que esse seja “o caminho para acelerar a apreciação dos mais de 100 Projetos de Lei de interesse da sociedade e da área tecnológica nacional”. Para o presidente do Confea, “a valorização das nossas profissões, visando ao desenvolvimento do País”, passa pelos tapetes azul e verde do Congresso Nacional.
Ajustes – José Tadeu apontou questões a serem harmonizadas para maior unidade de posicionamento dos profissionais do Sistema. Informou que está afastada a possibilidade de a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) ser suspensa, como buscam alguns setores do Ministério Público: “o Supremo Tribunal Federal teve o entendimento de transformar em lei as Medidas Provisórias publicadas até 2014”, observou.
Ele também considerou que, “por meio de entendimentos, os projetos de acessibilidade poderão ser feitos por engenheiros e não somente por arquitetos como foi primeiramente definido”. “O ajuste é fácil”, tranqüilizou os participantes.
Ao citar alguns pontos e perspectivas para o futuro, José Tadeu falou do Termo de Cooperação assinado pelo Ministério do Meio Ambiente e o Confea para desenvolver e monitorar o Programa Brasil+20, tornando os Municípios Sustentáveis nas áreas urbana e rural. “Essa assinatura dá o tom do que pretendemos em termos de compromisso”.
Sobre o futuro, “o ponto de perspectiva mais importante é olhar para trás. Para 2010, principalmente, quando, no último dia de governo, o ex-presidente Lula assinou a lei que criou o Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU). Assim como o então ex-presidente FHC, como último ato, permitiu que o técnico passasse a assinar o receituário agronômico”. “Esse tipo de coisa atrapalha o Sistema”, condenou.
Transição – O presidente do Confea valorizou o trabalho e destacou a responsabilidade dos Creas, que concedem as atribuições profissionais com base no que o recém-formado estudou nas cadeiras das faculdades. “Atribuições profissionais são prerrogativa dos Creas, como equacionar a Resolução 1010?”, indaga.
Para José Tadeu, a fase é de transição e está difícil. As Resoluções 21 e 51 do CAU mostram que o conflito de atividades continua, temos sombreamentos e temos de baixar resoluções conjuntas”. Mas, para o presidente do Confea, “é nos momentos de dificuldade que a gente cresce. Vamos em frente! Temos aqui centenas de lideranças representando milhares de profissionais que estão alinhados em nossas áreas de atuação e campos de atividades. Não estamos dormindo em berço esplêndido. Estamos muito acordados”.
Ao finalizar a solenidade de abertura dos trabalhos do 3º Encontro de Líderes Representantes, José Tadeu disse que “nesse encontro será definida nossa unidade de ação mediante a integração. Faremos com que nosso exército de lideranças vença as dificuldades interpostas pelo caminho para podermos atender a sociedade”.
“Nossas palavras-chave são unidade, uniformização e mudança, frutos do nosso conhecimento. A sociedade cobra a razão da nossa existência. Temos de valorizar a informação e o conhecimento que são tudo nesta “Era do Conhecimento” em que vivemos. Com unidade, uniformização e mudança temos maior poder de competitividade. A concorrência é global e nós precisamos olhar o futuro com esse olhar e trabalhar em equipe para isso”.
José Tadeu da Silva ainda falou que, entre os desafios do Confea, está o compromisso de ser eficiente e eficaz. “Com segurança e precisão de objetividade, vamos mostrar a importância da engenharia e da agronomia”.
A participação de profissionais reunidos pelo Sistema Confea/Crea no debate e definição de políticas públicas também foi defendida pelo presidente do Confea. “E preciso agir e se fazer presente enquanto autarquia federal para mostrar que somos imprescindíveis para a sociedade. Vamos nos antecipar às catástrofes e primar pela qualidade no que envolve a tecnologia”, incentivou.
Entrega de certificados – Na cerimônia de abertura, o presidente do Confea, José Tadeu da Silva, entregou Certificados de Função aos Coordenadores Nacionais de Câmaras Especializadas – titulares e adjuntos -, que encerraram seus mandatos, e também para os coordenadores dos colégios de Presidente e de Entidades Nacionais. Confira:
– Agrimensura: eng. agri. Juci Conceição Pita, e eng. agri. e de Segurança do Trabalho, Paulo Fernando Squizzato;
– Agronomia: eng. agr. Juarez Morbini Lopes, e o eng. agr. João Alberto Rodrigues Aragão;
– Engenharia Civil: eng. civil Luiz Capraro, e eng. civil Marcos Motta Ferreira;
– Engenharia Elétrica: eng. eletric. Luiz Werner, e eng. eletric. e de segurança do trabalho e técnico em eletrotécnica – José Amaro Barcelos Lima;
– Engenharia industrial: eng. MEC. Alberto Leite Belchior, e eng. mec. e de segurança do trabalho Sandra Aparecida Ascari;
– Engenharia Química: eng. química Maria Helena Caño de Andrade, e eng. químico Paulo Gilberto Silva;
– Geologia e Minas: geólgo e eng. civil Fábio Augusto Gomes Reis, e o eng. de Minas Laelson Dourado Ribeiro.
– Engenharia de Segurança do Trabalho: eng. civil e de segurança do trabalho Fernando Luiz Beckeman Pereira, e eng. Sanitária, Ambiental e de Segurança do Trabalho Fernanda Maria Vanhoni;
– Engenharia Florestal: eng. ftal Ézio Ney do Prado, e eng. ftal Carlos Roberto Santos da Silva;
– Ética: eng. civil e de Segurança do Trabalho Ingrid Cristie Macedo Cosme, e Rosicler Maria Vanti.
Os coordenadores do Colégio de Presidentes e do Colégio de Entidades Nacionais também receberam certificados. São eles, respectivamente: eng. civil Jary de Carvalho e Castro, presidente do Crea de Mato Grosso do Sul, e seu adjunto o presidente do Crea de Sergipe, eng. civil Jorge Roberto Silveira; o eng. de alimentos e presidente da Associação Brasileira de Engenheiro de Alimentos, Gumercindo Ferreira da Silva e eng. mecânico Jorge Ney Brito, presidente da Federação Nacional de Engenharia Mecânica.
Fonte: Maria Helena de Carvalho – Equipe de Comunicação do Confea
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