A Secretária de Estado da Agricultura emitiu, na última semana, Portaria criando Grupo de Trabalho Interinstitucional, sob a coordenação da Emdagro, através da Coordenadora de Defesa Vegetal, Aparecida Andrade, para desenvolver metodologia e executar ações efetivas para possível identificação da lagarta Helicoverpa armigera no Estado de Sergipe.
O Grupo tem como objetivo produzir Relatório Técnico sobre as estratégias que serão desenvolvidas no Estado. Para tanto, foi agendada uma reunião com os demais membros do Grupo, como a Cohidro, Embrapa, Codevasf, IFS e SFA/SE, que deverá acontecer no dia 21 de março, na sede da Embrapa Tabuleiros Costeiros.
A Emdagro, preocupada com os danos que esta praga pode causar na agricultura de Sergipe, treinou, no dia de ontem (12), em Simão Dias, 25 dos seus técnicos das áreas de defesa vegetal, assistência técnica e pesquisa, em um curso ministrado pela Caravana Embrapa. “Estes técnicos atuarão como multiplicadores junto a outros técnicos e agricultores familiares, bem como, participarão do monitoramento da lagarta, momento em que serão instalados iscas com feromônio (pequeno dispositivo de borracha que libera um cheiro irresistível para as mariposas desta espécie), e do levantamento fitossanitário no Estado, a fim de diagnosticar possíveis focos da Helicoverpa armigera”, explicou a Coordenadora do GrupoInterinstitucional, Aparecida Andrade.
No treinamento foram abordados aspectos biológicos e comportamentais da lagarta, diagnóstico, danos causados, o Manejo Integrado de Pragas (MIP), prática que reúne diversas técnicas possíveis de controle, buscando manter a população de pragas abaixo do nível de dano econômico nas lavouras e estratégias fundamentais para manejo e a recomposição do equilíbrio agroecológico.
A praga
A Helicoverpa armigera é um inseto-praga que ataca diversas culturas como algodão, soja, milho, feijão e até pastagens, além de hortaliças como tomate. Essa praga apresenta ampla distribuição geográfica pelo mundo, sendo detectada pela primeira vez no Brasil no ano de 2013 em várias regiões do Brasil, de acordo com a Embrapa.
As lagartas podem se alimentar tanto dos órgãos vegetativos como reprodutivos de várias espécies de plantas de importância econômica. No Brasil, as maiores intensidades de danos econômicos causados, até então, são nas culturas de algodão, milho, soja, feijão, tomate e sorgo.
Incidência
Na safra 2011/2012 foi registrado um grande surto de desta lagarta na região oeste da Bahia, especialmente no algodoeiro, quando foram constatadas perdas de até 80% da produção desta cultura, segundo relatos dos produtores.
Outras culturas como a soja e o milho, sejam estas transgênicas ou não, também foram atacadas por essa praga na ocasião naquela região.
Fonte: Emdagro
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