Setembro de 1994. Esta é a data que segundo os registros verificados no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Sergipe (Crea-

SE) ocorreu a última manutenção na ponte  José Américo de Almeida (Ponte de Pedra Branca) que desabou no último sábado(9/5) no Povoado Pedra Branca, no município de Laranjeiras, quando o indicado era que os reparos fossem realizados, no máximo, a cada cinco anos.

 “Nessa data encontramos o registro da Anotação de Responsabilidade Técnica, a ART, referente à obra de manutenção da ponte”, afirma o presidente do Crea-SE, engenheiro agrônomo, Arício Resende. Ele ressalta, no entanto, que vai solicitar ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) informações com o objetivo de verificar se ocorreram manutenções posteriores.

Segundo Arício Resende no momento ainda é prematuro fazer qualquer avaliação sobre as causas do desabamento. Ele afirma que será instalada uma Comissão formada por técnicos e peritos para avaliar todas as possibilidades. “Vamos acompanhar toda a situação de perto”, disse ele.

Com a queda, duas adutoras do São Francisco que passavam por cima da ponte romperam afetando 70% do abastecimento de água da Grande Aracaju. Com isso, as regiões de Aracaju, Nossa Senhora do Socorro, Barra dos Coqueiros e bairro Rosa Elze e conjunto Eduardo Gomes, em São Cristóvão, estão sem água nas torneiras.

Valor histórico

De acordo com Arício Resende a ponte tinha um  grande valor histórico para a engenharia de Sergipe.” Era de uma beleza arquitetônica  ímpar. Lamentável o que ocorreu. “É uma pena que uma obra deste porte com mais de 80 anos tenha se acabado por falta de cuidados”, conclui.”, disse ele.  Construída em 1933, a ponte era situada na BR 101, sobre o rio Sergipe. A obra limitava os municípios de Maruim e de Laranjeiras. A solenidade de inauguração foi no dia 29 de agosto de 1933 com as autoridades locais, e toda a comitiva d o então presidente da República, Getulio Vargas.