Crea-SE participa de Conferência Internacional Água e Energia

13645151_1179935295391005_1650330242769165630_nO tema “Água e Energia: Novas Abordagens Sustentáveis” atraiu 474 inscritos para a Conferência internacional do Sistema Confea/Crea que acontece até esta sexta-feira (29/7) no Centro Internacional de Convenções de Brasília. O presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Sergipe (Crea-SE), engenheiro agrônomo Arício Resende e os conselheiros Nicanor Moura Neto ( coordenador da Câmara Especializada em Engenharia Civil); Alvair Augusto Jacinto ( coordenador da Câmara Especializada em Engenharia Elétrica);Laerte Marques da Silva ( coordenador da Câmara Especializada de Agronomia) e Romeu Santos (coordenador da Câmara Especializada de Engenharia Mecânica e Metalúrgica) participam do evento que traz para o debate importantes temas referentes  campo do abastecimento de energia e da oferta de saneamento.

Mudanças climáticas e desafios do reúso da água foram algumas das  palestras técnicas já destacadas na Conferência Internacional. O PhD em Meteorologia Augusto José Pereira Filho conversou com o público sobre mudanças climáticas destacando as possíveis causas dessas alterações. Entre elas, redução da vegetação, crescimento urbano e poluição do ar. O especialista chamou atenção dos profissionais da área tecnológica para a interconexão global das variações climáticas. Exemplificou dizendo que atualmente a região da Antártida está mais fria, por isso ela acaba gerando menos água, o que faz com o que o restante do mundo fique mais seco, com menos umidade. “Todo esse sistema é muito complexo e impacta muito”, afirmou.

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A solução, segundo o meteorologista, é investir no monitoramento de variações climáticas, fazer uso apropriado do solo e da água, controlar a poluição e revisar a legislação do setor. Assim, é possível gerar menos riscos e mais benefícios ao bem-estar da população, além de proporcionar mais proteção ao meio ambiente. De acordo com Augusto Filho, essas ações compõem a ciência da sustentabilidade que abrange economia, sociedade, ciências naturais, conhecimento e atividade humana. “E a meteorologia tem muito a oferecer nesse sentido, inclusive para alertar e prevenir a população de desastres naturais”, finalizou.   

A resposta está no Nordeste

“O Nordeste brasileiro é o Oriente Médio das energias renováveis”, brincou o palestrante José Carlos de Farias, referindo-se à grande quantidade de petróleo na região. Farias é o presidente da  Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) e ministrou palestra sobre energias renováveis . Segundo ele, o semiárido nordestino é a região com maior potencial de energias eólica e solar do Brasil. “No Nordeste os ventos têm direção constante e velocidade elevada sem chegar a ter rajadas, como no Sul. A região também não tem grandes calmarias que prejudiquem a produção de energia. Por essas características, o vento do Nordeste é um dos melhores do mundo”, disse, e complementou: “Além disso, nós temos um potencial de energia solar imenso. As taxas de irradiação solar mais baixas no Brasil ainda são maiores do que as melhores taxas da Alemanha”.

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Farias – especialista em regulação de mercados energéticos e ex-diretor de estudos da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) – também abordou uma novidade na área: a energia oceânica, que pode ser aproveitada de três maneiras: pela maré, pelas ondas e pelas correntes marítimas. Ele explicou sobre a última: “São aerogeradores no fundo do mar que aproveitam as correntes para gerar energia”. E não surpreende onde está o maior potencial para essa categoria: “O Nordeste tem uma das melhores correntes marinhas do mundo, de alta velocidade”, disse, antes de brincar comparando a região com o Oriente Médio.

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