O Crea Rio de Janeiro recebeu os integrantes da Coordenadoria de Câmaras Especializadas de Engenharia Química (CCEEQ), nos dias 3, 4 e 5 de agosto, para a terceira reunião ordinária de 2022.O encontro contou com a participação da Coordenadora da CCEE do Crea-SE, Sandra Patrícia. Nos dois primeiros dias foram realizadas visitas técnicas às Indústrias Nucleares do Brasil, em Resende, e à Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto, em Angra dos Reis, proporcionando um rico e detalhado conteúdo sobre a energia nuclear no Brasil, como destacou o eng. quím. Abílio Valério Tozini, coordenador da Coordenadoria de Engenharia Química do Crea-RJ.
“Estamos num momento em que a humanidade discute a questão da sustentabilidade em termos do uso da energia e da usina nuclear. E o Brasil, que é um país fonte de grande riqueza de jazidas de urânio, não pode deixar de discutir a importância da energia nuclear usada com segurança e técnicas de Engenharia para abastecer as necessidades da humanidade, sem risco para o meio ambiente”, pontua o anfitrião do debate, ao valorizar o potencial do Brasil neste segmento. “Estas instalações que nós vimos fazem com que a gente sinta orgulho de ser engenheiro nesta pátria amada Brasil e mostra que a Engenharia brasileira pode ter, sim, lugar de destaque no cenário da Engenharia no planeta Terra”, afirma.
Tozini e o coordenador adjunto, eng. quím. e de seg. trab. Odair Paes de Jesus, recepcionaram os 15 integrantes da coordenadoria nacional na sede do Crea Rio no terceiro dia, quando a pauta foi concluída. Entre os temas discutidos, análise e manifestação do Projeto de Lei nº 6098/2013 sobre pragas urbanas; análise e manifestação do Projeto de Lei nº 3429/2020 sobre a profissão de cientista de alimentos; e a revisão das palavras-chave constantes do software de monitoramento legislativo. Foi, ainda, colocada em discussão a Operação Urânio, sobre as usinas nucleares de Angra dos Reis.
O coordenador titular da CCEEQ, eng. quím. e de seg. trab. Marino José Greco, e o coordenador adjunto eng. quím. André Casimiro de Macedo, comandaram os trabalhos e avaliaram positivamente o andamento dos debates. “Estamos com todas as nossas pautas direcionadas à afirmação da Engenharia Química dentro do Sistema Confea/Crea e também na sociedade. É sabido que existem conflitos entre conselhos e nós precisamos aparar estas arestas. Nós temos 11 Creas sem representação na nossa coordenadoria e há necessidade de um aprimoramento da fiscalização. Neste sentido, o Rio de Janeiro foi fundamental para nós, por meio das visitas técnicas que fizemos referentes às áreas que envolvem a energia nuclear no nosso país”, observou Marino, que teve a fala complementada pelo adjunto.
“Dentro das nossas pautas, os documentos são direcionados à assessoria parlamentar do Confea, com aquilo que está acontecendo na Câmara Federal, no sentido de orientar a assessoria sobre os pontos pertinentes à modalidade química, e que, de algum modo, estão sendo prejudicados por algum projeto de lei ou por questões envolvendo outros conselhos, sombreamento ou judicialização. Nesse sentido, os colegas produziram um material vasto, notas técnicas muito substanciosas, e que de fato será um material de primeira linha para assessorar nestas questões”, comentou Macedo.
O conselheiro federal pelo Rio de Janeiro, eng. eletric. Jorge Luiz Bitencourt, participou da reunião e esclareceu dúvidas sobre questões no âmbito do Confea. Já a coordenadora adjunta da Comissão de Ética e Exercício Profissional (Ceep) do Confea, eng. agr. Andréa Brondani, fez uma chamada de vídeo com o grupo para reforçar a confiança no andamento das propostas e se prepara para a quarta e última reunião prevista para os dias 5, 6 e 7 de dezembro em Brasília.
