Membros da Comissão de Educação e Atribuição Profissional (CEAP) do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia estão reunidos em Aracaju para avaliar cerca de 80 processos referentes a pedidos de reconhecimento de títulos e renovação de reconhecimento de cursos superiores da área da Engenharia e da Agronomia. A revalidação de diplomas estrangeiros também faz parte da pauta da segunda reunião ordinária do ano.O Encontro acontece na sede do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-SE) até a próxima sexta-feira(27/3). O presidente do Crea-SE, engenheiro agrônomo, Arício Resende recebeu os membros do CEAP ao lado do coordenador nacional da Comissão de Educação e Atribuição Profissional, o engenheiro mecânico Gustavo Braz. Participam da reunião os conselheiros Daniel Salati e Célio Moura Ferreira, além do assistente técnico, Fábio Merlo.

O engenheiro agrônomo, Daniel Salati em sua apresentação destacou a necessidade urgente de tratar questões dos registros profissionais diante da evolução tecnológica, o surgimento de novas profissões e o ensino a distância. Ele explica que uma dos maiores desafios do Sistema Confea/Crea nesse novo contexto é criar novas titulações e definir as atribuições dos egressos das universidades. “Hoje as unidades de ensino superior sejam elas presenciais ou à distância estão criando uma série de títulos nos cursos de Engenharia, uma situação que cria transtornos para o Sistema. Por exemplo, o estudante se forma em engenharia, mas na área de automação. Se essa titularidade de automação ainda não existe no Sistema temos que criá-lo e esse procedimento não é rápido. Também temos que definir quais

as atribuições desse novo profissional que está chegando ao mercado”, explica o conselheiro.

Segundo o coordenador da Comissão, engenheiro mecânico Gustavo Braz, esses procedimentos não são rápidos. “ Criar um novo título deengenharia no Sistema leva entre dois e três meses e a definição das atribuições do profissional pode levar de seis meses a um ano. A demora deixa o Sistema em situação complicada porque o egresso da universidade não está disposto a esperar tanto tempo para exercer sua profissão. A culpa não é nossa e sim das universidades que sem qualquer planejamento saem criando novos títulos nos cursos de Engenharia. O MEC também tem grande parcela de responsabilidade por que autoriza”, alerta o conselheiro.

De acordo com os conselheiros do CEAP a cada dois dias surge uma nova titulação ou aparece um egresso de universidade reivindicando um título novo. “Esse cenário acaba gerando um acúmulo de processos referentes a pedidos de reconhecimento de cursos e titulações então são necessárias reuniões como esta para acelerar as avaliações e conclusões. A súmula da reunião passa, e, seguida, pelo crivo da Plenária do Confea e o resultado segue para o Ministério da Educação”, explica o conselheiro e também engenheiro agrônomo, Célio Moura Ferreira.

A CEAP é uma comissão regimental do Conselho Federal e se reúne, ao logo do ano, em diferentes estados brasileiros, para analisar e apreciar processos de atribuições e modalidades profissionais. “Quando um profissional se sente prejudicado, por exemplo, a respeito de uma atribuição, e recorre ao Conselho Federal, o caso é analisado pela CEAP e, então, votado em plenária no Confea”, reforça Gustavo Braz.