Na tarde desta terça-feira (30/8), o Contecc realizou a palestra “Revolução tecnológica: Cenários e Oportunidades ao Brasil”, mostrando um panorama global das tendências e rápidas mudanças tecnológicas que têm impactos na economia, além de possíveis alternativas para a melhoria da competitividade econômica brasileira por meio da educação, inovação e produtividade. “No mundo de hoje, cada vez mais dinâmico e interligado – econômica e tecnologicamente -, pensar no futuro das nações e dos povos tornou-se um exercício complexo e desafiador. Apesar da dificuldade, navegar rumo ao futuro é preciso”, afirmou o engenheiro Marcondes de Araújo, do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação, primeiro conferencista.
“Grandes desafios tecnológicos”, “futuro já”, “sociedade do conhecimento”, “mobilidade profissional”, “competição”, “colaboração”, “progresso econômico”, “convergência tecnológica”: essas foram algumas palavras-chave utilizadas por Marcondes. “O profissional do conhecimento e da inovação será o motor da nova transformação do capitalismo. Será um trabalho não convencional – de integração”. Segundo o palestrante, pensar e comunicar uma visão do futuro são partes indissociáveis do exercício da liderança e da mobilização da sociedade para o desenvolvimento de um país. “Ciência transforma recursos em conhecimento. Inovação nasce em ambiente de incerteza de mercado: além de solucionar problemas e criar oportunidades, também gera e agrega valor a produtos e serviços indispensáveis para a geração de riqueza, desenvolvimento, soberania e qualidade de vida”.
Na apresentação do segundo especialista, o professor da Universidade Mackenzie Benedito Guimarães, foi mostrado que é possível apostar e ser bem-sucedido mesmo diante da retração da economia. “Para isso, no entanto, é preciso colocar as ideias em prática e ser criativo, inovar – trabalhar sempre entre a cooperação, a coordenação e a colaboração, com foco e continuidade”, afirmou o palestrante. Segundo ele, a grande tendência mundial está relacionada à crescente interdependência, alinhamento, competição e expansão de mercados; e à globalização econômica seletiva (parcerias transatlânticas e acordos de comércio e investimentos). “Pensar no futuro de uma nação é um projeto complexo e desafiador; não aceitar esse desafio é condenar o país a vagar pelo tempo, sem rumo definido e sem saber se estamos realmente realizando progresso em direção a um futuro desejado”, completou.
Também foram realizados dois minicursos. Um deles foi sobre gestão territorial da agricultura – tema estratégico para o Brasil, pois análises geoespaciais sobre a dinâmica do espaço-temporal da produção agropecuária possibilitam aos gestores visões e decisões estratégicas. Já o outro minicurso foi ministrado por Marlon Vaz, do Sebrae, que tratou do empreendedorismo, não sob o ponto de vista de formação de negócios, e sim da relação do empreendedorismo com o empreendedor e como, juntos, podem transformar o mundo. “Esse é o grande norte: conexão entre as Engenharias e saber de que forma elas podem contribuir com as novas tendências”.
Valcilena Oliveira
Equipe de Comunicação da 73ª Soea