O conceito de cidades inteligentes vem ganhando força globalmente como resposta aos desafios da urbanização crescente e da busca por sustentabilidade. Esses centros urbanos são projetados para usar tecnologia e soluções sustentáveis, promovendo o bem-estar de seus habitantes e otimizando os recursos disponíveis. Na ênfase sobre inovação e desenvolvimento sustentável, o terceiro dia da 79ª Semana Oficial da Engenharia e da Agronomia (Soea) trouxe, sob a moderação do presidente do Confea, eng. telecom. Vinicius Marchese, especialistas como os professores da Universidade de Medellín, Carlos Arredondo e Alejandra Balaguera Quintero, a secretária de Estado das Cidades do Paraná, Camila Mileke Scucato e Lucia Beatriz Bellocchio, CEO da Trend Smart Cities, para um painel rico de contribuições valiosas que ajudam a moldar o futuro dessas cidades inteligentes.
Formação inovações tecnológicas e sustentabilidade
Na apresentação “Energías Renovables en las Ciudades Inteligentes y Sustentables”, Carlos Arredondo destacou o papel central das energias renováveis na construção de cidades inteligentes. A integração dessas fontes de energia, como solar e eólica, é fundamental para reduzir a dependência de combustíveis fósseis e as emissões de gases de efeito estufa. Segundo Arredondo, o uso eficiente de energias limpas não só melhora a qualidade de vida nas cidades, como também as prepara para os desafios das mudanças climáticas, tornando-as mais resilientes.
Camila Mileke Scucato, secretária de Estado das Cidades do Paraná, também contribuiu para o debate com sua apresentação, ressaltando a importância do planejamento estratégico no desenvolvimento de cidades inteligentes, que precisam ser feitos com base em dados e tecnologia, mas sempre com o foco em soluções práticas para as realidades locais. Scucato aponta que o uso de instrumentos como o planejamento urbano digitalizado, geoprocessamento e análise de big data pode apoiar prefeituras e gestores municipais na tomada de decisões mais rápidas e eficazes, promovendo a eficiência e a sustentabilidade dos projetos urbanos.
Além disso, a economia circular tem se destacado como um eixo central na transição para cidades mais sustentáveis. Alejandra Balaguera abordou essas tendências em sua argumentação. A economia circular propõe o reaproveitamento de recursos, evitando desperdícios e promovendo a sustentabilidade ao longo de todo o ciclo produtivo. Segundo Quintero, a aplicação desses princípios nas cidades inteligentes ajuda a criar sistemas mais eficientes, tanto em termos de infraestrutura, quanto de gestão de resíduos, criando uma cidade mais limpa e saudável para seus cidadãos. Afinal, o combate às mudanças climáticas é uma responsabilidade compartilhada, e a engenharia está no centro dessa revolução verde.