O 7º Congresso Estadual de Profissionais das diversas modalidades da Engenharia e áreas técnicas começou na manhã desta terça-feira (21/6) com a participação de especialistas, conselheiros, profissionais e acadêmicos. O evento foi aberto pelo presidente do Crea-SE, engenheiro agrônomo Arício Resende que destacou a importância do Congresso como um espaço importante para refletir, opinar e apresentar propostas voltadas para a melhoria do Sistema Confea/Crea.
“Este é um momento de discussão sobre o atual cenário da engenharia e da agronomia brasileira. É um momento para unir forças em busca de soluções e de mudanças”. É o que afirma o presidente Arício Resende ao destacar a necessidade da participação de profissionais e estudantes nesse processo ao frisar que no evento serão eleitos oito delegados, sendo quatro com mandatos e quatro sem mandatos, os quais vão representar Sergipe no Congresso Nacional, quando também apresentarão as propostas discutidas e aprovadas nesta etapa estadual.
Integração x Compromisso
Com o tema “Organização e Fortalecimento da Engenharia e da Agronomia”, a engenheira agrimensora, especialista em Geociências e Mestre em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional, Vânia Abreu de Melo fez uma reflexão sobre a contribuição e envolvimento de cada profissional no funcionamento do Sistema Confea/Crea.
“Temos muitos representantes, mas nos faltam líderes, capazes de envolver e mobilizar os profissionais em defesa do crescimento e fortalecimento do nosso Sistema. Precisamos ver nossas profissões, nossas entidades, nosso Sistema com outro olhar”, alerta a palestrante.
Para a engenheira Vânia Abreu a integração do Sistema Confea/Crea com os sistemas públicos e privados só se fará de forma sustentável se for precedida de ações e práticas de valorização profissional e fortalecimento das organizações profissionais. Para isso, destaca os mecanismos legais e as ferramentas sociais capazes de intensificar a interação entre o Sistema e a sociedade.
“Esse é o desafio; e não é pequeno. A sociedade não reconhece, ainda, que nosso Sistema seja o polo formulador de políticas públicas no País. Mesmo colaborando com a produção de cerca de 70% da riqueza nacional, ou seja, do Produto Interno Bruto (PIB), a tecnologia representada no Sistema Confea/Crea não é ouvida pelos que traçam as políticas públicas no Brasil”, lamenta a palestrante ao ressaltar que o caminho para mudar esse cenário se constitui numa maior integração e compromisso dos próprios profissionais.
“Os Novos Desafios para os Profissionais da Engenharia e da Agronomia” foi outro assunto destacado no período da manhã. No tema ministrado pelo Engenheiro Civil/Engenheiro de Segurança do Trabalho, Ronald Vieira Donald o foco foi trazer para reflexão a valorização profissional e do mercado de trabalho.
“Ninguém questiona o fato de que a valorização profissional e o engrandecimento da posição dos engenheiros, agrônomos e demais profissionais vinculadas ao Sistema Confea/Crea/Mútua junto à sociedade, passam pelo fortalecimento das Entidades de Classe. Sindicatos, associações e clubes profissionais têm papel preponderante no reconhecimento que merecem tais profissionais”, disse Donald.
De acordo com o engenheiro, as pessoas, que buscam o assessoramento e os serviços de engenheiros e agrônomos, são amplamente atendidas, pela confiança, racionalidade e segurança que tais profissionais conferem aos seus empreendimentos. “Juntos somos mais fortes”, reforçou o palestrante.
Benefícios da Mútua
O papel da Caixa de Assistência e como os profissionais e seus familiares são beneficiados ao se tornarem associados da Mútua foi destacado pelo diretor-presidente da Mútua, engenheiro civil Paulo Roberto de Queiroz Guimarães. O novo modelo de gestão adotado pela atual Diretoria Executiva e os planos e projetos já em vigor e em estudo também foram abordados na apresentação do diretor de Benefícios, Jorge Silveira.