O último dia da Conferência Internacional Água e Energia foi marcado pela aclamação da Carta de Brasília, que sintetiza as propostas e conclusões do evento. De acordo com o presidente do Confea, eng. civ. José Tadeu da Silva, o documento reflete o pensamento dos profissionais da área tecnológica acerca das questões relativas a água e energia. “A Carta de Brasília foi discutida e elaborada a fim de ter em seu conteúdo todas as colocações feitas nas palestras desses três dias, ela é uma síntese dessa conferência”, afirmou.
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No documento os profissionais da área tecnológica se comprometem com ações que priorizem o fornecimento sustentável de energia, água potável e sistemas de tratamento de água.
A Carta de Brasília defende implantação de soluções sustentáveis no fornecimento de águas e energia de acordo com as necessidades, prioridades locais e regionais, e as condições culturais e capacidades humanas e financeiras existentes. O Acordo de Paris sobre Mudanças Climáticas também pautou o conteúdo da Carta, que defende a redução drástica da geração de energia por meio da combustão de recursos fósseis que deverão ser substituída por fontes limpas sem emissão de gases de efeito estufa.
O documento foi assinado pelos presidentes do Confea, José Tadeu da Silva, e da Federação Mundial de Organizações de Engenheiros (Fmoi), Jorge Spitalnik; e os representantes da União Pan-americana de Associações de Engenheiros (Upadi), Edemar Amorim, e da Federação Brasileira de Associações de Engenheiros (Febrae), Celso Ternes Leal. Essas entidades foram responsáveis pela realização da Conferência, que reuniu cerca de 500 pessoas entre os dias 27 e 29 de julho, em Brasília. Nesse período foram ministradas mais de 20 palestras por especialistas de renome internacional, a fim de coletar contribuições para o Fórum Mundial da Água, em 2018.
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Rumo ao Fórum Mundial da Água 2018
Já com foco nos debates futuros sobre sustentabilidade, os participantes da conferência internacional assistiram à apresentação do presidente da Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (Adasa), Paulo Salles, sobre as perspectivas para o 8º Fórum Mundial da Água, que será realizado em Brasília entre 18 e 23 de março em 2018. “O fórum não é um evento, mas um processo definido por estratégias que tem como proposta fazer com que a água suba para o topo da agenda política do mundo”, ressaltou.
Na oportunidade, Salles parabenizou a realização da conferência reconhecendo o esforço e a iniciativa das instituições organizadoras. “Considero esta conferência um preparatório para o debate maior que será o Fórum Mundial”. Também lembrou que o Confea se faz presente na agenda de debates do setor na medida em que passa a integrar o Conselho Mundial da Água, organização que visa criar ambiente para facilitar debates e trocar experiências, além de procurar definir uma visão estratégica comum sobre recursos hídricos e gerenciamento de recursos hídricos. “Tenho certeza de que os engenheiros darão contribuições para os debates do Conselho Mundial da Água”, enfatizou Salles.