Localizado no município de Canindé de São Francisco, no Alto Sertão Sergipano, o Perímetro Irrigatório Califórnia se tornou referência no cultivo e comercialização de quiabo. Com auxílio da irrigação pública e da assistência técnica da companhia, os lotes familiares produzem cerca de 14,2 toneladas. Estes números fazem de Canindé o maior produtor de quiabo de Sergipe, e coloca o nosso Estado entre os maiores do Brasil.
Administradora do perímetro irrigado, a Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), informa que o cultivo do quiabo está presente em cerca de 230 lotes distribuídos por 720 hectares. A cultura do quiabo de Canindé é responsável por injetar R$5,4 milhões por ano no Estado, uma média de R$450 mil por mês. São cerca de 600 caminhões carregados todos os anos, em média 15 por semana, cada um com 15 toneladas do produto.
De acordo com a Cohidro, a Bahia é a maior consumidora do quiabo de Canindé. “Salvador e Feira de Santana fazem da Bahia a maior compradora de quiabo produzido daqui. Cerca de 90% da nossa produção é destinada ao mercado baiano. É um alimento forte na culinária baiano, por conta do caruru e demais pratos típicos. Por isso a Bahia é a nossa maior consumidora, seguido por Sergipe e, em terceiro lugar, Alagoas”. Explica Mardoqueu Bodano, presidente da Cohidro.
O chefe do perímetro Califórnia, o engenheiro agrônomo José Gomes, informa que existem fatores que explicam o sucesso do cultivo do quiabo em Canindé. “O solo argiloso e o clima quente-seco são ideais para o plantio do quiabo, e a água de irrigação é de extrema qualidade. A mão de obra local está adaptada às exigências da cultura, assim como a assistência da Cohidro, conhecedora da filosofia vegetal da planta. Tudo isso contribui para o alto volume de produção e para a qualidade do produto final, que nos mercados é considerado a melhor, explica o agrônomo.
No lote ‘4-NE-15’ de Jailton Paes dos Santos, é possível contatar a adaptabilidade do quiabo à região. Há cerca de 20 anos, Jailton se dedica ao plantio de Hortaliça, e dentina um hectare de uma área total de 4,3ha ao cultivo do quiabo ‘Santa Cruz 47’, considerado o de melhor qualidade. “O quiabo é carro-chefe da minha plantação, que também tem milho e goiaba. É ele que paga minhas despesas do dia a dia”, diz o pequeno produtor que acrescenta que toda a produção é vendida diretamente para Salvador. “Em época de safra, consigo colher 80 sacos de quiabo por semana. O preço do saco oscila muito. Já vendida a R$40, mas também já cheguei a comercializar por R$7 o saco”, complementa Jailton.
Ainda segundo o produtor, a assistência técnica é fundamental para o sucesso do plantio. “Os técnicos da Cohidro nos passam orientações sobre a plantação, o manejo da irrigação e adubação, e nos auxiliam no controle de pragas e doenças. E um apoio importante não só para quem planta quiabo, mas para todo pequeno produtor rural. Sem falar da irrigação gratuita. O que seria de nós sem essa água?”, declara Jailton.
Fonte: Jornal da Cidade
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