“O Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea) vive um novo ciclo que traz grandes expectativas de mudanças e posicionamentos. Essa fase exige de todos nós compromisso, trabalho e, acima de tudo, somação de esforços junto ao novo presidente do Confea, engenheiro civil Joel Krüger que chega com a proposta de uma ampla reforma no Sistema do ponto de vista político e social”. É o que afirma o presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Sergipe (Crea-SE), engenheiro agrônomo, Arício Resende ao defender um sistema profissional unido, fortalecido e presente nos debates e decisões que envolvam o desenvolvimento nacional e as políticas públicas.
Com um cenário político extremamente instável e um processo de investigação da Polícia Federal que colocou em cheque grandes empresas públicas e privadas da área da engenharia, Arício Resende chama a atenção para as consequências da politização e judicialização das empresas de construção da infraestrutura brasileira com consequências gravíssimas para economia nacional. “A crise política tem que afetar em primeiro lugar os políticos e não ao setor de infraestrutura, um dos principais indutores do crescimento e desenvolvimento econômico e social do País. A judicialização é justa, legal e legítima, mas da forma que vem ocorrendo causa grandes impactos negativos para a engenharia”, avalia.
Para o presidente do Crea-SE, a atual crise política desmonta a engenharia nacional e uma das consequências é o aumento significativo do desemprego no setor. Tendo por base os dados do Cadastro Geral de Empegados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, Arício Resende ressalta que até 2013, o saldo entre os engenheiros com carteira assinada admitidos e desligados era positivo. A partir de 2014, ano dos primeiros sinais da crise econômica, o número de profissionais demitidos superou o de contratados, com 42 mil engenheiros na fila do desemprego na soma de 2015, 2016 e acumulado de 2017 até agosto.
Apesar do panorama negativo, o presidente Arício Resende reforça ser na força da engenharia, da agronomia, das geociências, das tecnológicas e técnicas que se encontra o caminho para a retomada do crescimento econômico. Mas também garante ser preciso promover a união das engenharias na defesa de uma política econômica que priorize investimentos em infraestrutura estratégica, inovação, ciência e tecnologia, ensino e pesquisa de excelência para atender a toda a cadeia produtiva da engenharia e das atividades rurais, bem como fomentar a produção nacional para gerar mercado e emprego.
“Acredito que o mandato de Joel Krüger será de acerto e de mudanças profundas para a melhoria do Sistema Confea/Crea. Será uma caminhada longa que exige compromisso e participação de todos os profissionais da área tecnológica. Um esforço mútuo de todos os Conselhos Regionais, no sentido de alinhar ações junto aos governos federal, estaduais e municipais na construção uma agenda mínima de investimento em infraestrutura para a retomada do crescimento com real sustentabilidade aos empregos e ao consumo”, afirma o engenheiro agrônomo Arício Resende.