A Superintendência do Ministério da Agricultura no Rio Grande do Sul encontrou álcool etílico em produtos da cooperativa Santa Clara, de Carlos Barbosa (RS). A fiscalização ocorreu no dia 24 de junho deste ano e apontou a presença da substância em amostras de leite cru refrigerado. Em entrevista ao Rural Notícias, o promotor de Justiça do Ministério Público do Rio Grande do Sul Alcindo Bastos explicou o fato.”Nós recebemos informações do Ministério da Agricultura dizendo que foi detectado álcool em duas cooperativas do Estado nas cargas de leite cru. A informação, no caso da Santa Clara, é que a substância apareceu em leite pasteurizado, que tem pouco tempo de validade e que não está mais em circulação no mercado”, afirma.
Este é o segundo caso no Estado. Nesta segunda, dia 5, o Ministério determinou o recolhimento de dois lotes de leite UHT e um de requeijão da cooperativa Piá, devido a mesma irregularidade. O promotor de Justiça acredita que não se trata de um caso de fraude, mas de negligência das empresas. ”Nós temos que diferenciar de fraude, a má fé, e uma espécie de negligência das indústrias. São duas situações. Faremos um rastreamento para identificar quais são os elos das cooperativas responsáveis por isso. Obviamente que, dentro do Código de Defesa do Consumidor, toda a cadeia produtiva tem que ser responsabilizada”, informa Bastos.
O Ministério Público gaúcho convocou uma audiência com as duas cooperativas nesta sexta, dia 8, para que elas prestem esclarecimentos. O objetivo, segundo Bastos, é localizar em que parte do processo foi feita a contaminação do produto. “De imediato, já designamos uma audiência com as duas empresas para obter mais informações concretas. Houve uma falha no recebimento do leite cru nas plataformas da cooperativa. Queremos descobrir em qual parte do processo houve a contaminação de álcool etílico. Vamos buscar quem possa ter adicionado esse produto, que não foi detectado pelas indústrias”, completa o promotor de Justiça.
Em nota à imprensa, a Cooperativa Santa Clara afirmou que todos os testes foram realizados nos lotes citados, inclusive o que busca álcool etílico. Segundo a empresa, nenhuma irregularidade foi constatada. A cooperativa também afirmou que está pedindo esclarecimentos, através de Processo Administrativo, ao Ministério da Agricultura. A nota completa dizendo que laboratório oficial levou 15 para finalizar a análise, fato que poderia ter comprometido o resultado final.
Fonte: RuralBR
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