O fundo marinho da região da plataforma continental de Sergipe, compreendido entre os rios Sergipe e Vaza-Barris, será pesquisado no período de 19 a 30 de maio deste ano, por pesquisadores do laboratório Georioemar, da Universidade Federal de Sergipe. Eles utilizarão, pela primeira vez, um equipamento importado denominado de Sonar de Varredura Lateral, que obterá imagens da plataforma continental.
“As águas marinhas de Sergipe são menos transparentes do que em outras regiões do Nordeste. Este novo equipamento obterá imagens precisas, pela primeira vez, permitindo uma visão com mais detalhes dos recifes e outras feições submersas. Resolve um antigo problema de obter boas imagens do fundo do mar, em função da baixa transparência”, explicou o professor Luiz Carlos Fontes, geólogo e coordenador do Laboratório Georioemar (Departamento de Engenharia de Pesca).
A equipe será composta por pesquisadores e estagiários da área de geologia e oceanografia, que utilizará uma embarcação para se dirigir a área de estudo de aproximadamente 25km², localizada a cerca de 20km da praia de Atalaia, em Aracaju (SE).
As pulsações enviadas pelo equipamento de geofísica (Sonar de Varredura Lateral) a um computador serão convertidas em imagens do fundo. “Isto permitirá a caracterização dos recifes submersos e abre caminho para novas pesquisas nestes ambientes, como a avaliação de mudanças ambientais”, afirmou o professor Luiz Carlos Fontes.
Programa Marseal
A pesquisa está sendo realizada dentro de um convênio firmado entre a Universidade Federal de Sergipe e Petrobras, denominado de programa Marseal. O programa compreende pesquisas realizadas entre o Sul de Alagoas, Sergipe e o Norte da Bahia, e objetiva avaliar informações pré-existentes e coletar novos dados geológicos, físicos, químicos e biológicos, envolvendo também os departamentos de Química e Biologia da UFS, contemplando a região mais próxima da costa, localizada entre a foz dos rios São Francisco, Sergipe, Japaratuba, Vaza Barris e Piauí-Real, a plataforma continental (águas rasas) e o talude e planície abissal (águas profundas).
Nestes ambientes, está sendo ampliado o conhecimento da dinâmica ambiental e das suas múltiplas feições submarinas, a constituição e os habitats do fundo marinho, além de obter informações geoquímicas sobre a situação de base do ambiente. A constituição do fundo permite realizar o mapeamento dos sedimentos lamosos, arenosos e biodetríticos, bancos de algas calcárias e corais. As feições submarinas revelam a existências de altos e antigos recifes, vales submersos e cânions submarinos.
Fonte: Jornal da Cidade
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