“Engenheiros não têm formação para olhar o interesse humano e social. A formação em engenharia tem que contemplar a tríade social, econômica e ambiental”, disse o presidente do Confea, engenheiro civil José Tadeu da Silva, em sua participação no 3º Encontro Acadêmico Internacional – Interdisciplinaridade nas Universidades Brasileiras – Resultados e Desafios, promovido na última terça-feira (13/5), pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) até quinta-feira (15/5).
O evento tem como objetivo discutir, propor e estabelecer medidas que possam contribuir com a internalização e institucionalização no âmbito das universidades brasileiras, bem como para sua adoção pelos órgãos de fomento no país.O presidente do Confea participou do Painel II sobre “Interdisciplinaridade na formação acadêmica para o exercício profissional”. Na ocasião, Tadeu destacou a importância dessa aproximação dos Conselhos Profissionais com as instituições de ensino. O painel teve como palestrante Helio Waldman (UF-ABC).
Em abril, a Comissão de Educação e Atribuição Profissional (Ceap) esteve reunida com o conselheiro da Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação (CNE), Luiz Roberto Liza Curi, para discutir a proposta de um seminário baseado na experiência acadêmica, expectativa das empresas e atualização de currículos da engenharia e da agronomia. Nessa reunião, Curi destacou o trabalho que o Confea realiza com o CNE. “Temos com o Confea uma tradição de cooperação, que teve início com a revisão das diretrizes dos cursos, e agora estamos retomando com esse debate tão importante para a sociedade, como a formulação, implantação curricular e a expectativa do setor”, disse o conselheiro.
Internacionalização
Durante a abertura, o presidente da Capes, Jorge Almeida Guimarães, associou a questão da internacionalização das universidades brasileiras com a interdisciplinaridade. “Estamos em uma fase de planejar o futuro das instituições, buscar a internacionalização. Universidades de classe mundial são centradas em inovação, com número pequeno de alunos em salas de aula, com ênfase no ‘fazer’ e não apenas no ‘formar’, além de ter muita autonomia, governabilidade e capacidade de se autogerir, sem interferências externas. Essas não são características fáceis de ter. Estamos em busca da internacionalização, primeiramente, por meio das parcerias. Com isso, buscamos estimular os cursos a terem uma perspectiva de estarem reconhecidos no exterior.”
Em seu discurso, o presidente da Capes ressaltou o desenvolvimento que o Brasil já teve na pós-graduação e, atualmente, também na graduação, por meio do Ciência sem Fronteiras. “Estamos tendo avanços consideráveis em pouco tempo. As instituições no exterior estão ávidas por parcerias com o Brasil. Temos então que discutir o modelo pelo qual podemos caminhar para atingir de fato essa internacionalização. E isso abrange a interdisciplinaridade. Muitas universidades estrangeiras, por exemplo, não têm nem uma divisão por departamentos, como temos por aqui. Temos que aprofundar na interdisciplinaridade para garantir a internacionalização”.
Fonte: Confea
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