Programa pretende melhorar eficiência energética das cerâmicas

 

O setor de cerâmica vermelha sergipano receberá um importante auxílio para se tornar mais sustentável e competitivo. O estado foi selecionado pelo Instituto Nacional de Tecnologia (INT) para o desenvolvimento do Programa “Eficiência Energética na Indústria da Cerâmica Vermelha” (Ella).

Os detalhes da proposta foram apresentados durante uma reunião entre os técnicos do órgão e representantes do Sebrae, Instituto Euvaldo Lodi, Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos e Sindicato da Indústria de Cerâmica. O foco das ações será a redução das emissões de gases de efeito estufa produzidos no processo de fabricação das cerâmicas. O programa é financiado pela Agência Suíça de Cooperação Internacional (Cosude) e executado pela Swisscontact junto aos seus parceiros em sete países da América Latina.

No Brasil, a coordenação do Ella está sob responsabilidade do INT, órgão ligado ao Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), e conta com a parceria do Sebrae, Serviço Florestal Brasileiro (SFB/MMA) e Associação Nacional da Indústria Cerâmica (Anicer).

De acordo com o coordenador do Ella, Augusto Rodrigues, entre as atividades que serão desenvolvidas junto aos ceramistas sergipanos estão a implementação de tecnologias e processos energéticos de maior eficiência e a criação de um modelo para que as empresas do setor possam ingressar no Mercado de Carbono, um sistema internacional que permite a negociação entre países e indústrias dos créditos de carbono, obtidos mediante a redução do CO₂ e dos demais gases de efeito estufa.

“ Iremos atuar também junto a diversos órgãos para criar políticas específicas para o setor, permitindo assim que os empresários consigam se adequar às normas ambientais, além de buscar o fortalecimento de toda a cadeia ceramista. Os resultados que estamos alcançando em outras regiões têm sido extremamente positivos e acreditamos que em Sergipe não será diferente”, ressaltou.

Exemplos

O programa já começou a ser desenvolvido na região do Seridó, localizada nos estados do Rio Grande do Norte e da Paraíba. Na primeira fase foram realizados, dentre outras atividades, o mapeamento das empresas do setor, avaliação da quantidade de telhas produzidas, levantamento de indicadores técnicos, econômicos e ambientais e a análise e estudo de novos modelos de fornos. Durante a segunda etapa, que teve início no ano passado e prossegue até 2016, as metas são a redução de gases de efeito estufa e o aumento de receitas dos ceramistas, mas com foco na massificação das mudanças tecnológicas propostas e na busca de sustentabilidade das ações.

“Sabemos que é necessário modernizar o setor, mas para isso é preciso buscar o apoio de pessoas e órgãos com conhecimento técnico sobre a atividade. Temos a esperança de que com esse projeto conseguiremos resolver grande parte dos problemas enfrentados pelos nossos associados”, destaca o presidente do Sindicato das Indústrias de Cerâmicas, José Abílio Guimarães.

Em Sergipe, de acordo com o INT, as ações devem ter início ainda no mês de março. A primeira atividade a ser executada pelos técnicos do órgão será o mapeamento das cerca de 120 cerâmicas e das mais de mil olarias existentes no estado. Todas as demais etapas serão concluídas até 2016.

“ O setor ceramista exerce um papel fundamental na economia do nosso estado e por conta disso ofereceremos todo o auxílio necessário para que a atividade possa ser ainda mais competitiva. Enxergamos também neste programa a possibilidade de trazer as pequenas fabricas, que hoje atuam sem qualquer tipo de registro, para a economia formal, para que elas possam ter acesso às ações desenvolvidas pela nossa entidade”, pontua o diretor técnico do Sebrae, Emanoel Sobral.

Fonte: Jornal do Dia


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