A participação da cadeia produtiva da construção civil no PIB (Produto Interno Bruto) de Sergipe é de 7,72%, o que significa afirmar que o desenvolvimento da economia do Estado passa estrategicamente pelo crescimento e fortalecimento desse setor. A avaliação é da professora de Economia, do curso de Ciências Econômicas da Universidade Unihorizontes e assessora econômica do Sindiscon/MG, Ieda Maria Pereira Vasconcelos que no último dia 30 de abril esteve em Sergipe para ministrar palestra no Workshop: perspectivas para a construção civil 2019-2022. O evento promovido pela Associação Sergipana dos Empresários de Obras Públicas e Privadas (ASEOPP) e pelo Sebrae-SE, teve o apoio do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Sergipe (Crea-SE) e do Clube de Engenharia de Sergipe.
Com base em dados estatísticos Ieda Vasconcelos afirmou que a expectativa do Brasil crescer 2,2% em 2019 não é mais real. “A prévia do BC do PIB dos primeiros meses indica um crescimento estável de zero a 0,3%”, disse ela. A economista também apresentou um panorama da situação da construção civil em Sergipe. “No período de 2014 a 2017, o segmento registrou uma redução de nove mil postos de trabalho com carteira assinada. Já o mercado imobiliário reagiu positivamente no ano de 2018 seguindo a tendência da região Nordeste. E mesmo com tantas incertezas na área econômica, os índices mostram que os empresários da construção civil em Sergipe estão otimistas e com boas perspectivas para este ano de 2019”, disse.
De acordo com a palestrante, em Sergipe há um déficit habitacional de 90 mil unidades (dados de 2015). “Há uma demanda habitacional, por isso o setor tem ampla possibilidade de crescer e contribuir para o desenvolvimento econômico e social do Estado”, avalia a palestrante. O Workshop também contou com a participação do engenheiro e presidente da Urban Systems, Thomaz Eduardo Barbosa Assumpção que destacou a importância de estudos de lógica urbana, inteligência estratégica e analise de risco de investimentos. “Não podemos perder a dimensão mundial numa econômica globalizada e digital. O que interessa no mundo é aprender a planejar diante da nova realidade”, explicou.
Termômetro da Economia
Para o presidente do Crea-SE, Arício Resende, a melhora do cenário da construção civil reflete positivamente em diversos campos da atividade econômica. “Investir em obras impulsiona o desenvolvimento urbano. A construção de mais moradias diminui o déficit habitacional, a ampliação do saneamento básico melhora as condições de saúde da população e a expansão da mobilidade urbana oferece praticidade ao cotidiano, trazendo qualidade de vida para a população. Além disse, o setor tem impacto direto na geração de emprego e renda”, disse o presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Sergipe (Crea-SE), Arício Resende Silva. Ele ressaltou a importância do evento como um espaço importante para discussão e conhecimento detalhado do cenário e das perspectivas para a construção civil.
Presenças – O evento contou com a participação expressiva de engenheiros, empresários e estudantes. Algumas autoridades também estiveram presentes como o superintendente regional da Caixa, Diego Carrara, o secretário de Estado de Desenvolvimento Urbano, Ubirajara Barreto, o presidente da Emurb, Sérgio Ferrari, o presidente do DER/SE, Anselmo Luís, presidente da Deso, Carlos Neto, o gerente da unidade de atendimento coletivo do Sebrae/SE, José Leite, que ao lado do vice-presidente da ASEOPP, Geraldo Magela, e do empresário Alisson Souza, da Projeção Estratégica, falaram na abertura do evento destacando a importância da parceria e do tema abordado para fortalecer a construção civil em Sergipe. O administrador e gerente regional de Negócios e Construção Civil da Caixa, Rubens Fulber fez uma explanação dos investimentos da Caixa na área e os produtos oferecidos para os empresários.