As duas palestras magnas da 75ª Semana Oficial da Engenharia e da Agronomia (Soea) foram conduzidas por palestrantes convidados pela Mútua. O professor Clóvis de Barros Filho, que abriu a programação técnica da Semana, discorreu sobre o tema “Ética e moral: instrumentos para a reconstrução do Brasil”, na manhã do dia 22, e o assunto “A 4ª Revolução Industrial e a Transformação Digital” ficou a cargo do web ativista, difusor de conceitos e atividades ligadas à tecnologia e inovação Gil Giardelli, que tratou do tópico no dia 23.
Ética e moral: instrumentos para a reconstrução do Brasil
Uma imersão reflexiva sobre a definição e o conceito de ética e moral e como tais valores e princípios têm moldado as relações interpessoais, profissionais e da vida em sociedade ao longo da história baseou toda a explanação de Clóvis de Barros Filho.
Esclarecendo que moral e ética não são sinônimos, o palestrante apontou como a sociedade contemporânea chegou ao que denominou de “erosão do paradigma da moralidade”. Para Clóvis de Barros, a moral implica um comportamento ou conduta pessoal e depende, portanto, da consciência individual dos limites da ação. “A moral não se autoriza, não tem a ver com fiscalização, repressão ou punição. Você decide os limites de acordo com os conceitos, valores e princípios que considera dignos, altivos ou soberanos”, pontuou.
Ao convidar o público a conceber uma sociedade onde coexista a relação de confiança mútua, o professor mostrou como as pessoas chegaram ao convencimento de que ninguém deve confiar em ninguém. Para ele, somos responsáveis pela desconfiança generalizada, quer agindo de forma equívoca com os demais, quer aceitando o status de ser tratado como indigno deste valor, reproduzindo assim a desmoralização da vida e o modelo repressivo.
Ele explica que a ética é o outro lado da gangorra, fundamentada na inteligência comportamental e no entendimento coletivo e compartilhado, mas que não implica uma tabela de valores e normas definitivos. “Não basta respeitar a ética, é preciso participar do processo com competência para definir e atribuir valores, buscando a melhor convivência possível.”
A 4ª Revolução Industrial e a Transformação Digital
Estudioso de inovação e economia digital, Giardelli revela por meio de seu currículo que está à frente de seu tempo e que sua caminhada está apenas no início. Com duas décadas de atividades, acaba de criar o curso “Futuro Inteligente, além da inovação”.
Para o futurista Giardelli, “essa inovação tecnológica irá se tornar um diferencial para o usuário. Estamos avançando muito rápido, e daqui a um tempo os sentidos como visão, olfato e paladar poderão ser replicados no meio digital”.
Ao se dirigir a um público atento e ávido por saber como está acontecendo a 4ª Revolução Industrial e a Transformação Digital, Gil, filho de engenheiro, se disse “feliz” com o tema da Semana: “Engenharia e Ética na Reconstrução do Brasil”.
Fonte: Gecom/Mútua (com informações do Confea)
Fotos: Rafael Leal e Dimmy Falcão