A tecnologia BIM – Building Information Modeling ou Modelagem da Informação da Construção- foi um dos principais temas em debate no Seminário realizado pela Câmara Brasileira de BIM, secção Sergipe no fim de semana na capital sergipana. O evento promovido com o apoio do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Sergipe (Crea-SE); Clube de Engenharia de Sergipe; Sebrae e demais parceiros contou com a participação de palestrantes de reconhecimento nacional no assunto; empresários e profissionais da Engenharia.
Com o tema ‘Revolução BIM: do 2d ao 7d’, o presidente da Câmara
Brasileira de BIM, o arquiteto e urbanista, Alexsander Justi destacou que a ferramenta traz importantes mudanças na área tecnológica, principalmente na indústria da construção civil por assegurar aos empreendimentos
informações mais confiáveis e consistentes, elevando a qualidade dos projetos, promovendo redução de prazos e controle de custos, através de um maior planejamento e domínio das etapas construtivas.
Na palestra, Alexsander também ressaltou que apesar de todos os benefícios, o maior desafio atual é a implantação do processo nos escritórios. Segundo ele, por envolver 100% da cadeia da construção civil, a implementação do BIM é um processo gradativo, que demanda tempo. “Muitos empreendedores acreditam que contratar um curso e dar um treinamento aos funcionários sobre a metodologia são suficientes, mas estão equivocados. É preciso ter uma gestão de tempo e infraestrutura; normas de trabalho terão que ser criadas; contratos terão que ser mudados. Treinamento é apenas uma parte do processo. È preciso pelo menos um ano para implantar o BIM”, disse o presidente da CBIM.
O vice-presidente da CBIM-SE e presidente do Clube de Engenharia de Sergipe, Dilson Santos também reforçou a necessidade de integrar a equipe ao novo formato de trabalho exigido para o uso do BIM. Segundo ele, planejamento é a palavra de ordem para as empresas que querem adotar a modelagem. “O conceito da ferramenta é universal, mas cada empresa, cada projeto tem as suas particularidades. É preciso conhecer BIM para saber o que e como pedir”, frisa Dilson ao ressaltar a importância da realização desse tipo de evento como forma de disseminar o assunto, detalhar informações e esclarecer dúvidas sobre a aplicabilidade da ferramenta.
O presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-SE), engenheiro agrônomo, Arício Resende Silva destaca a importância do Seminário. Ele frisa que a implementação do BIM não é apenas uma oportunidade para as empresas da cadeia da construção civil: será uma exigência. “ A partir de janeiro de 2021, a exigência de BIM se dará na elaboração de modelos para a arquitetura e engenharia nas disciplinas de estrutura, hidráulica, AVAC e elétrica na detecção de interferências, na extração de quantitativos e na geração de documentação gráfica a partir desses modelos”, alerta ele.