FPI: marchantes terão que comprovar origem da carne comercializada

Nesse sábado, 30 de setembro, a Fiscalização Preventiva Integrada (FPI) atuará no Mercado Municipal de Propriá a fim de coibir a entrada de carne sem a devida documentação que comprove a origem do produto. Esta semana, fiscais do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Sergipe e demais integrantes da FPI estiveram no local para alertar os marchantes sobre a necessidade de regularização, numa ação preventiva antes da fiscalização propriamente dita.

Na fiscalização, coordenada por Salete Dezen, da equipe Abate, serão solicitados aos marchantes que comercializam no local: o carimbo da inspeção fornecido pela Nutrial (comprovando que o animal foi abatido lá) e\ou o documento comprovando que o animal foi abatido no matadouro de Cedro ( que mesmo sendo irregular, tem a permissão de funcionamento do promotor público da cidade de Propriá). “Caso não apresentem as devidas documentações comprobatórias de onde esses animais foram abatidos, nós vamos apreender as carnes”, alerta Salete.

O alerta da coordenadora tem o intuito de chamar a atenção dos marchantes para que eles obedeçam as normas de comercialização da carne e regularizem seu comércio. “Nós não queremos apreender carne de ninguém. Nem dar prejuízos. Mas queremos sim, que comercializam a carne de forma adequada”, reforça. Salete Dezen ainda destaca, “também não iremos permitir a entrada nem a venda do produto fora do Mercado da carne”.

É importante ressaltar que a carne pode transmitir desde a tuberculose, até uma infecção intestinal. Conforme ressalta Dezen, a carne pode trazer zoonoses (doenças) transmitidas do animal para o ser humano. “Por isso o cuidado para o abate. O animal possui um abscesso que num frigorífico regularizado essa parte é condenada, porém, num abate clandestino, muitas vezes eles passam uma água e retira o vestígio desse abscesso e a população acaba comprando uma carne que está totalmente contaminada por bactérias que irão causar uma série de problemas à saúde”.

A FPI atua justamente para orientar e coibir essas inconformidades, para que os marchantes e demais pessoas que comercializam carne, se adequem e possam oferecer à população um produto de qualidade.

Avanço

A coordenadora da equipe Abate informa que desde o início da semana, quando se iniciaram os trabalhos da FPI do São Francisco,as equipes não detectaram nenhum abate clandestino em Propriá. “Muitos marchantes já começaram a abater seu animal na Nutrial. Isso é um avanço, porque a partir do momento que o animal vai para matadouro e frigorífico legalizados, a carne é também legalizada.  O que evita, além das doenças, o roubo de animais, já que os ladrões de gado na região não vão conseguir comercializar carne na cidade”, explica Salete Dezen.

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