Uma das palestras mais concorridas de hoje (09), “Ocupação e Uso de Terras no Brasil – Análise com base no CAR”, proferida pelo profissional da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Carlos Alberto de Carvalho, levou vários profissionais à sala Marajó I, no Centro de Convenções Hangar, em Belém (PA). A base de dados permite visualizar o papel da agropecuária na preservação ambiental e mostra a ocupação das terras do Brasil.
Segundo Carvalho, a possibilidade de ter “inteligência territorial” permite a compreensão mais detalhada dos espaços destinados à agricultura, vegetação e preservação. Ele comparou o CAR à base de dados da Receita Federal. “Ambos são declaratórios, a diferença é que a Receita faz por amostragem e o CAR precisa de uma fiscalização rigorosa”, afirma, destacando que a agricultura ocupa 50% do território nacional e a área de vegetação a ser preservada por cada propriedade rural no Brasil representa 20%. Até dezembro do ano passado, 3,92 milhões de imóveis rurais foram inseridos no CAR.
De acordo com Carvalho, a Embrapa integrou os dados do CAR ao Sistema de Inteligência Territorial Estratégica (Site). As informações estão sendo estudadas e analisadas, de forma integrada, com as dos quadros natural, agrário, agrícola, infraestrutura e socioeconômico, em diversas escalas temporais e espaciais. “Para Embrapa, o que interessa não é o que cada propriedade rural possui, mas ter noção do que cada agricultor está fazendo para a preservação do meio ambiente”.
Informações sobre o perímetro do imóvel, e o mapeamento de áreas ocupadas: de preservação permanente, reserva legal, entre outras, estão reunidas no Cadastro Ambiental Rural. Mais informações sobre o trabalho da Embrapa relacionado ao CAR podem ser acessadas no site www.embrapa.br.
Nadja Pacheco
Equipe de Comunicação do Confea/Crea e Mútua