O panorama para a expansão da capacidade de geração de energia eólica no Brasil é otimista, especialmente levando em conta que o desenvolvimento do setor aconteceu com maior força na última década. Com essa afirmação, o economista Francisco Carlos da Silva Júnior, assessor técnico regulatório da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica) abriu na manhã desta sexta-feira (30/9) o ciclo de palestras do Workshop de engenheiros eletricistas que acontece na sede da Associação de Engenheiros Agrônomos de Sergipe (AEASE).
Com o tema ‘ Energia Eólica no Brasil’’, o palestrante fez um panorama sobre esta fonte de energia e assegurou que o Brasil está sendo um grande exemplo pra o mundo no que se refere a capacidade instalada de energia eólica.
A capacidade de geração de energia eólica no Brasil deverá passar dos atuais 8,7 mil megawatts (MW) para 24 mil MW nos próximos oito anos. A estimativa do governo, que consta no Plano Decenal de Expansão de Energia, é que em 2024 o parque eólico brasileiro deverá responder por 11,5% de toda a energia gerada pelo país. Até o fim de 2016, a capacidade instalada deve chegar a 11 mil MW, segundo projeções da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeolica).
Entre novembro de 2014 e novembro de 2015 a capacidade instalada do setor cresceu 56,9% em relação aos 12 meses anteriores, de acordo com o Ministério de Minas e Energia. ”No ano passado, foram inauguradas mais de 100 usinas eólicas no País, com investimentos de R$ 19,2 bilhões. Atualmente, existem 349 usinas eólicas instaladas no Brasil, a maioria na região Nordeste”, destaca Francisco Carlos.
O palestrante ressaltou ainda que no início deste ano, o Brasil alcançou a marca de 9 GW de capacidade instalada na Matriz Elétrica Nacional, o que, em termos de geração efetiva, corresponde à usina hidrelétrica de Belo Monte. “ Ao final de 2015, em termos mundiais, o País foi classificado na 10ª posição dentre as maiores capacidades instaladas acumuladas e na 4ª posição considerando as novas potências eólicas instaladas”, enfatiza o palestrante ao acrescentar que ‘é possível afirmar que, a despeito da crise econômica que o País atravessa, a Indústria Eólica segue crescendo exponencialmente’.