Agronegócio e agricultura familiar: impulsos para a balança comercial e para o mercado interno

plantio_direto_jmi_01811Há 82 anos, em 12 de outubro de 1933, a profissão de engenheiro agrônomo foi regulamentada no País.

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Conselheiro federal Mário Amorim: impacto da agricultura familiar no país

Hoje, os profissionais da Agronomia se dedicam a atividades que constituem uma das principais bases da Economia do País: agronegócio, agroindústria, agroecologia e agricultura familiar, este, um dos principais braços dos acordos comerciais e de cooperação  firmados entre o Brasil e a Colômbia, nesta sexta-feira (9), em Bogotá.

A agricultura familiar integra um cenário em que, segundo o conselheiro federal Mário Amorim, há ainda atividades de médio e de grande porte, mais extensivas, com quadros

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A contribuição do setor para a economia do país é destacada pelo conselheiro federal Célio Moura

próprios de engenheiros e voltadas para o mercado externo. “A agricultura familiar brasileira se dedica a produzir alimentos para o abastecimento do mercado interno, com raras exceções”, comenta, lembrando que o engenheiro agrônomo se insere em todas essas possibilidades empresariais de agricultura.

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Os recordes de safras são lembrados pelo conselheiro Antônio Carlos Albério

“Ele tem contribuído para a melhoria tecnológica da produção agrícola nacional, na produção, processamento e comercialização, promovendo o substancial aumento da produtividade da agricultura e da pecuária brasileira. Hoje, os profissionais estão também muito alinhados com a possibilidade de ter uma agricultura limpa, sustentável e solidária”, diz o conselheiro federal pelo Rio Grande do Norte. Ele sustenta que existe uma tendência para o investimento em alimentos orgânicos,  isentos de aditivos. “A agricultura familiar hoje não é só para o autoconsumo, também produz para o mercado. São 5,5 milhões de agricultores familiares, em que o governo apoia, fornecendo assistência técnica, por meio da Extensão Rural pública e gratuita, como a Emater”.

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Para os conselheiros federais João Francisco dos Anjos e Antônio Moreira Barros é preciso manter os engenheiros agrônomos mobilizados

Para o conselheiro federal Célio Moura, o engenheiro agrônomo tem um papel “preponderante” na economia do País. “Basta observar – complementa – o impacto das tecnologias para o crescimento substancial da produtividade agropecuária”. Na sua visão, essa participação se mostra visível no crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do País e na excelência das empresas que possibilitam produtividades registradas em variedades, como a soja e em outros projetos de interesse de toda a sociedade brasileira.

Opinião  semelhante mantém o conselheiro federal e ex-presidente do Crea-PA, Antônio Carlos Albério. “A Agronomia possui uma influência clara sobre o setor agropecuário do País, haja vista o sucesso apresentado com as sucessivas quebras de recorde de produção de grãos, possibilitados pelo aumento da produtividade, e não da área plantada”, diz, atribuindo esse cenário à competência dos profissionais.

Posição reforçada pelo conselheiro Moisés Moreira dos Santos, também representante do Pará no plenário federal.  “O profissional da Agronomia é eclético e fundamental para o desenvolvimento sustentável do país. O agronegócio e a agroindústria, que são produtos do profissional, se mantêm como sustentáculos para o Brasil, diante dessa crise. A balança comercial é em grande parte sustentada pelas exportações de ‘commodities’ da agricultura, como a carne, a soja, o suco de laranja. Todas essas atividades, advindas do meio rural, têm uma participação decisiva desses profissionais, que fazem a exploração dos recursos naturais de forma sustentável, preservando-os para gerações futuras”.

A participação dos profissionais e estudantes no Contecc é destacada pelo conselheiro federal José Geraldo Baracuhy
A participação dos profissionais e estudantes no Contecc é destacada pelo conselheiro federal José Geraldo Baracuhy

Essa competência é lembrada também pelo conselheiro João Francisco dos Anjos, em um contexto que exige a atenção à própria valorização profissional. “Estamos vivendo um processo de renovação, em um cenário de ameaças dos que tentam nos tirar nossas atribuições, nossos campos de atuação”. Para ele, é necessário assegurar “o que nos é de lei”. Manter a mobilização dos profissionais é uma das formas de valorizar a engenharia em âmbito nacional, conforme também destaca o engenheiro agrônomo rondoniense Antônio Moreira Barros. “Temos que unir a categoria”.

O desempenho dos profissionais em prol da balança comercial do País também marca o depoimento do engenheiro agrônomo José Geraldo Baracuhy. “Superar as intempéries da vida faz parte da natureza da nossa atividade. Por isso, acredito que a crise econômica pouco nos afeta, conforme demonstra a nossa contribuição, com uma expertise que todos os demais setores deveriam seguir”, diz.

Com a experiência de haver atuado em diversas comissões do Confea, como a de Educação e Atribuição Profissional, Baracuhy vê com entusiasmo a diminuição de processos burocráticos como o de cadastro de cursos pelos próprios Regionais e ainda a atuação dos profissionais e estudantes de Agronomia no Congresso Técnico Científico da Engenharia e da Agronomia (Contecc 2015), realizado junto à Semana Oficial da Engenharia e da Agronomia (Soea), em setembro último. “Mais de 50% dos trabalhos eram da Agronomia. Demonstramos nossa força na ponta e na pesquisa”, destaca.

Atribuições

Em relação à preservação das atribuições dos engenheiros agrônomos, o conselheiro federal Mário Amorim destaca a luta contra o PL 1016/15, conjuntamente com os médicos veterinários.  “Esse projeto disciplina o exercício profissional dos zootecnistas e tenta subtrair atribuições profissionais que estão consagradas para os engenheiros agrônomos, como a assistência à produção animal, desde 1933. De maneira que os engenheiros agrônomos não acolhem esse tipo de manifestação, uma vez que ele pretende subtrair atividades que nos são de direito”.

Já o também conselheiro pelo Rio Grande do Norte, Emmanoel Mateus Alves Costa, presidente da Associação dos Servidores da Emater, informa que, em um cenário estadual eminentemente voltado para a agricultura familiar e com o apoio da Associação Norte-Riograndense dos Engenheiros Agrônomos (Amea) e do Sindicato dos Engenheiros Agrônomos do Rio Grande do Norte, está sendo “judicializado” um procedimento contra o Instituto de Defesa Agropecuária do Estado, que baixou uma portaria excluindo os engenheiros agrônomos de “atividades inerentes aos veterinários”, segundo o documento. Com o objetivo de discutir esse e outros temas como a sustentabilidade, as entidades se reunirão no próximo dia 17, na sede da Associação, que também promove a integração com outros profissionais que atuam na Emater. “A categoria agronômica do Rio Grande do Norte está sendo reestruturada e mobilizada”, diz.

Henrique Nunes
Equipe de Comunicação do Confea

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